Dicas de decoração para deixar sua primeira morada mais bonita e aconchegante

Opinião | Edição 2023 da CasaCor transita entre pluralidade e resquícios do isolamento

Maior mostra de decoração da América Latina convida visitantes para conhecer 73 ambientes assinados por 99 profissionais

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Foto do author Anelisa Lopes

São 73 ambientes distribuídos em 11 mil m2 percorridos em uma visita com duração média de 3 horas. Se no ano passado, a vibração provocada pela CasaCor se deu pela estreia do Conjunto Nacional como edifício sede da maior mostra de decoração da América Latina, neste ano, a CasaCor contou com a participação de 99 profissionais para fazer desta uma das edições mais grandiosas do evento em 36 anos de história. 

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Diferentemente de 2022, o percurso começa no terraço aberto do prédio, momento em que você olha para o céu e ainda se lembra que está em meio à construção modernista de David Libeskind. A partir do terceiro ou quarto espaço, o visitante se envereda um pouco desorientado pelos corredores delimitados pelos ambientes e ganha um respiro na trilha arquitetada com folhagens da mata Atlântica. 

Um dos trechos do percurso traz espécies da Mata Atlântica em meio à construção modernista (paisagismo Ricardo/Alessandra Cardim/foto: divulgação)  Foto: Divulgação/Casacor2023

A linha de projetos se divide entre aqueles que ainda mantiveram o conceito explorado pelo isolamento social - tons terrosos, crus, orgânico, natural.. - e aqueles que se permitiram ousar com cor e diferentes materiais para acabamento. As assinaturas surgem tímidas nos espaços como um todo, mas, por outro lado, são compensadas pelos efeitos criados pela iluminação bem projetada, pelos itens com desenho autorais e muitos objetos de acervo dos próprios profissionais. 

Lareira autoral (projeto: Quintino Facci/foto: arquivo pessoal)  
Retomada da cor (projeto: Coral por Ricardo Abreu / foto: Mortatti Studio)  

O mobiliário surge como protagonista de muitas histórias - poltronas e camas de baixa estatura, quase como que "pedindo para falar mais baixo", numa clara menção ao estilo silencioso oriental. O desenho limpo dos armários e estantes, por sua vez, tiram o peso da função única de armazenamento e atuam como divisórias e elementos arquitetônicos do espaço. 

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Mobiliário com orientação horizontal (projeto: Très Arquitetura/foto: Denilson Machado)  
Poltronas, sofás e móveis mais baixos (projeto: Ticiane Lima / foto: divulgação)  
Closet surge quase que como um prolongamento da cortina (projeto: Erica Salgueiro / foto: arquivo pessoal)  

Os bares, pontos que se tornaram parada obrigatória em uma casa de quem gosta de receber passaram a ser incorporados aos projetos, seja no desenho do mobiliário ou na estrutura da casa. 

Bares incorporados ao projeto (projeto: Barbara Dundes/foto: arquivo pessoal)  

A escolha do avesso dos materiais, como a camurça no lugar do couro, e o uso da forma bruta das pedras - nos banquinhos ou mesas de centro - foram, para mim, um dos detalhes mais importantes da mostra, afinal, o belo muitas vezes não precisa ser lapidado. 

O estado bruto das coisas (projeto: Juarez Cruz / foto: arquivo pessoal)  

Três décadas - a Deca comemorou trinta anos de presença na CasaCor com uma linha do tempo biofílica assinada por Sig Bergamin com os produtos ambientados no estilo de decoração da época, enquadrados por releituras de revestimentos na mesma paleta de verde. 

Espaço Ciclos Deca (foto: Fran Parente)  

CasaCor

30 de maio a 06 de agosto

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Terça a sábado das 12h às 22h

Domingos e feriados das 11h às 21h

Conjunto Nacional

Avenida Paulista, 2073

Opinião por Anelisa Lopes

Anelisa Lopes (@anelisalopes) é mãe, designer e jornalista. Após atuar por quase duas décadas como jornalista no segmento automotivo, decidiu estudar design de interiores para converter sua paixão por decoração em uma nova carreira. Hoje, faz consultorias e projetos para transformar espaços e vidas.

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