'Que experiência!', diz Alexandre Birman, único designer brasileiro no MET

Convidado por Anna Wintour, CEO do grupo Arezzo inaugura loja própria e da Schutz semana que vem em NY

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Por Sergio Amaral
Atualização:
O designer de sapatos e CEO do grupo Arezzo Alexandre Birman,com a top Kate Upton, chega ao MET Gala 2018 em Nova York Foto: Hector RETAMAL/ AFP

Único designer brasileiro presente no MET Gala 2018, Alexandre Birman, CEO do grupo Arezzo e diretor da marca que leva seu nome e que completa dez anos, é pura empolgação no day-after do evento. “Você fica estonteado com tanta informação e a organização é algo incrível”, conta ele.

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Convidado para o evento por Anna Wintour durante um encontro no fim do ano passado, ele vestiu a top Kate Upton com uma edição limitada da sua sandália New Clarita decorada com cristais Swarovski - uma releitura do modelo já está em pré-venda no site da marca.

Por telefone, de Nova York, onde inaugura duas lojas, Alexandre Birman e Schutz, na próxima semana, ele conta dos bastidores do evento de moda mais comentado do dia - e talvez do ano.

Como foi o Met? Recuperado?

Que experiência! Você fica estonteado com tanta informação.

Você é um dos poucos brasileiros que já foi... Acho que mais modelos mesmo que foram... Gisele [Bündchen], Michele [Alves]... Foi uma honra essa aproximação com a Vogue.

De onde veio o convite e essa aproximação?

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Começou com a aproximação do Jonathan Newhouse [presidente da Condé Nast International]. Ele me apresentou para Suzy Menkes, participei como speaker da conferência de luxo organizada por ela e e, no ano passado, tomei um café com a Anna Wintour.

Do que falaram?

Era o aniversário dela, eu nem sabia - dia 3 de novembro. Falamos de esporte, foi uma conversa intensa, ela gostoue me chamou para o CFDA/Vogue Fashion Fund dois dias depois e disse que ia me convidar pro MET esse ano. Começa com muita antecedência.

O que mais te impressionou no evento?

A organização é algo incrível. O respeito e educação de toda a imprensa, aquela escadaria lotada de jornalistas, mas superoganizado. Tem a hora de parar, fazer as fotos, na sequência você entra, estavam Anna Wintour e Donatella [Versace] recebendo as pessoas. Tinha um coral do Vaticano se apresentando, com música de igreja. Lindo lindo, uma celebração, quase uma missa.

E depois disso?

Teve um jantar com qualidadee eu estava do lado de pessoas superlegais à mesa: as gêmeas Olsen, o [estilista] Thom Browne e a Sally Singer, que é head de digital da Vogue. A maior surpresa veio depois: na escadaria gigante teve outra encenação, com as pessoas vestidas de monges, coral e Madonna cantando.

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Você filmou essa hora?

Todo mundo filmou. Eu fiz um pequeno vídeo, coloquei no meu Instagram Stories, mas não quis perder [a cena ao vivo], coloquei minha atenção para curtir o momento.

Kate Upton, de vestido Zac Posen e sandália Alexandre Birman, na chegada ao gala beneficente do MET 2018 Foto: Charles Sykes/Invision/AP

Gostou da roupas de quem?

Destacaria Sarah Jessica Parker, Rihanna, nem se fala, e Katy Perry com as asas - surreais as roupas.

Já que você falou da Katy Perry: ela ficou de asa e tudo lá dentro?

Ficou sim.

Você foi de Alta Sartoria Dolce & Gabbana…

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Conectei ao tema. Não queria sair do tipo de roupa que gosto de vestir e eles sempre fazem esses motivos religiosos.

E o sapato? Era deles ou mandou fazer um masculino seu para a ocasião?

Era deles também, mas gostei da ideia. Vou lançar isso [numa próxima], quem sabe…

Você estava acompanhado da Kate Upton...

Ela é uma pessoa incrível. Além de muito bonita, é muito simpática. Ela usou o New Clarita.

Ela que escolheu? Como foi isso?

Mandei umas opções para a Vogue, eles aprovam tudo, e gostaram muito das pedras coloridas. Eu estive com ela no sábado para ver o fitting e, para minha surpresa, ela apareceu [no MET] com uma tiara com as mesmas pedras dos sapatos. Deu um toque superespecial, ficou muito legal.

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Sentiu falta de algo?

Tem uma coisa. Na hora da apresentação da Madonna, percebi nitidamente a diferença entre um evento feito no Brasil e nos EUA. Não tem aquela vibração nossa. Eu pirei, queria gritar. Bateram palma e tudo, mas não foi proporcional ao tamanho do espetáculo. Nós brasileiros somos mais entusiasmados.

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