Vários modelos acusaram os famosos fotógrafos Bruce Weber e Mario Testino de insinuações e coação como parte de uma nova e extensa investigação sobre assédio sexual, informou o jornal The New York Times no sábado, 13.
Quinze modelos e ex-modelos revelaram ao jornal que os pedidos de Weber geralmente ocorreram durante as sessões de fotos e outras sessões privadas. Treze assistentes e modelos acusaram Testino, segundo o Times.
"Lembro-me dele colocando os dedos na minha boca e tocando minhas partes íntimas", disse o modelo Robyn Sinclair sobre Weber. "Nós nunca fizemos sexo ou nada assim, mas muitas coisas aconteceram. Muita manipulação. Muito abuso".
Os modelos foram convidados a "respirarem" e a se tocarem eles mesmos. Weber movia suas mãos para onde sentiram "energia", disse o jornal, acrescentando que o fotógrafo muitas vezes guiou as mãos dos modelos com as suas próprias mãos.
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Os anúncios ousados de Weber para marcas como Calvin Klein, Abercrombie & Fitch, entre outras, o ajudaram a se tornar uma estrela de fotografia comercial e artística.
Por sua parte, Testino, adorado por celebridades e pelas revistas de moda (incluindo a Vogue), assim como por jovens membros da família real britânica, foi acusado de tatear e fazer propostas sexuais, de acordo com o periódico.
As acusações contra ambos os fotógrafos datam de muitos anos atrás e, em alguns casos, os acusadores relatam detalhes com consistência notável, disse o Times.
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Os representantes dos fotógrafos indicaram que ficaram consternados e surpresos com as acusações.
"Estou completamente chocado e entristecido com as indignas alegações feitas contra mim, que eu absolutamente nego", disse Weber no comunicado de seu advogado.
O escritório de advocacia Lavely & Singer, que representa Testino, questionou o caráter e a credibilidade das pessoas que se queixaram de assédio.
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