Era maio de 2010. No ano em que a África do Sul receberia a Copa do Mundo, todos os cinco continentes se preparavam para dar o que tinham de melhor ao campeonato. Alguns, como a inédita campeã Espanha, treinavam suas seleções para mostrar um futebol que nunca haviam mostrado antes. Torcedores da Inglaterra e Estados Unidos se programavam para formar o maior número defãs do esporte a ocupar as arquibancadas africanas. E a Alemanha cuidava da grande surpresa da Copa: o polvo Paul, simpático cefalópode que acertou as previsões de simplesmente todos os resultados das fases eliminatórias do campeonato - sabe qual é a chance de uma pessoa acertar tudo isso aleatoriamente? 0,39%. Realmente, inacreditável. A França foi para casa cedo. Vice-campeã da Copa passada, não chegou nem às oitavas de final, uma grande decepção. No dia 4 de maio, porém, a sede da
Louis Vuitton
em Paris recebeu uma encomenda que prometeria ser a grande estrela francesa na África do Sul. No lugar do futebol, um baú. Mas não seria uma caixa qualquer, e sim aquela que guardaria o principal objeto da competição, aquele que todos os 32 países perseguiriam durante o mês: o Troféu da Copa do Mundo FIFA.
Foi uma ligação da alta cúpula da Federação Internacional de Futebol que fez os designers do departamento de Special Orders da Louis Vuitton, comandado por Patrick-Louis Vuitton (bisneto do fundador da marca), começarem a trabalhar naquela que seria a caixa-forte da taça a ser entregue ao vencedor no dia 11 de julho. E foi assim que o veterano Fabio Cannavaro entrou no campo: ele carregava o baú, que abriu ao lado da modelo sulafricana Deborah Mukaz
antes do apito inicial do jogo. Estava emocionado. Era, afinal, uma grande honra. Para ele e para a grife criadora da maleta, que também ficará na história das Copas do Mundo para sempre.
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