A detecção da sífilis é feita por meio de testes rápidos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Para as gestantes, a indicação da realização dos testes rápidos deve ser feita na primeira consulta do pré-nata. Em recente texto no portal do Ministério da Saúde, a diretora DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Adele Benzaken, explicou que a "Sífilis é uma doença bacteriana. Ela é uma infecção sexualmente transmissível. Pode passar da mãe para o filho. Mas o que é mais importante: é uma doença que pode facilmente ser diagnosticada, facilmente tratada, e que a pessoas fica curada".
Segundo dados do último Boletim Epidemiológico de Sífilis, entre os anos de 2014 e 2015, a sífilis adquirida teve um aumento de quase 33%, a sífilis em gestantes 21% e a congênita, em que a mãe passa para o bebês, aumentou 19%. .A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidium, transmitida principalmente por via sexual. A maioria daspacientes que têm sífilis adquirem a doença em relação sexual desprotegida."ESTÁGIOS DA DOENÇANuma fase primária da doença, ela causa feridas, muitas vezes lesões em locais difíceis, como as paredes vaginais,o períneo e o colo uterino. Se não tratado, o quadro avança e o treponema circula pela corrente sanguínea, fase em que surgem manchas pelo corpo, mãos e pés. Num estágio mais avançado, ela pode infeccionar o sistema nervoso central. O fantasma do treponema, orienta o Ministério da Saúde, é que ele consegue entrar na placenta e infectar o feto(sífilis congênita). A doença também pode levar o bebê ao falecimento. Ao ter contato com essa bactéria dentro da barriga da mãe, algumas crianças que sobrevivem desenvolvem problemas como malformações cerebrais, alterações ósseas, cegueira e lábio leporino. Se ocorrer no fim da gravidez, sem tratamento, o bebê está mais propenso a nascer com icterícia ou com hepatite. Casos de lesão no canal do parto podem levar a criança a ser infectada na hora do nascimento. Diferentemente do HIV, neste caso os especialistas asseguram que não há risco de a bactéria passar pelo leite materno.De acordo com o MS, em 2013, 36,3% dos casos foram detectados na reta final da gestação - enquanto apenas 24,8% foram notificados no início, algo que evidencia que a ficção do casal trazido em Sob Pressão tende a ser mais comum do que imaginamos.