A Nike vai lançar globalmente no dia 3 de julho a versão “Blueprint” do super tênis de corrida AlphaFly 3. O que poderia ser apenas mais um produto revela o futuro da marca. Na língua, a inscrição “Prototype”, de protótipo, acende a chama da nova submarca da empresa, que terá lançamentos em série nos próximos meses com as linhas de assinatura de seus atletas de elite, fruto dos conceitos de IA mostrados no evento Nike: On Air em Paris e Xangai.
No palco do evento estavam vários dos principais atletas olímpicos da Nike, incluindo Sha’Carri Richardson e A’ja Wilson, apresentando o que há de mais recente em inovação sobre a bolha de ar. Cada modelo carrega a marca AIR, que no evento foi apresentada como um acrônimo de Athlete Imagined Revolution. O conjunto de protótipos mostrados combinou insights de atletas e designers, com finalização por inteligência artificial.
Os modelos são, obviamente, futuristas ao extremo, e não chegarão às lojas assim. Cairá sobre eles diversas doses de realidade, principalmente de custos, que irão usurpar pedaços de inovação, o que é normal em qualquer produção de protótipos em qualquer indústria. O mercado estava achando estranho que a Nike dava uma sensação de estar muito parada, sentada em sua liderança, mas a verdade é que a marca estava se encolhendo para dar impulso, que a ver pelos conceitos dos tênis, tem tudo para fazer um grande estrago no segmento. Até pelos nomes que carrega.
O mundo aguarda um tênis de assinatura de Victor Wembanyama, o Alien, e o sneaker mostrado apresenta forte influência de ficção científica, do jeito que os fãs vão gostar. A unidade de Air visível também apresenta pixelizações inspiradas na pedra do colar que ele usou no Draft Night em junho de 2023. E o cabedal tem uma textura como se fosse uma linguagem extraterrestre.
A chuteira de Vini Jr. tem cabedal do tipo meia, com os desenhos das ondas do calçadão de Copacabana, bolha de ar no meio do pé e desenho de tração das travas voltado para velocidade, com um ponto de rotação na ponta, para não sacrificar os joelhos. Não é apenas bonita, já traz uma funcionalidade pronta para jogo.
A chuteira de Kylian Mbappé também tem tudo a ver com velocidade, traçando paralelos com as características aerodinâmicas das pontas das pistas e dos caças. A unidade Air em todo o comprimento incorporada na sola garante movimentos rápidos e responsivos que são essenciais para um jogador de futebol conhecido pela sua velocidade explosiva. O padrão de tração é meticulosamente projetado para ótima aderência e aceleração, permitindo que Mbappé mantenha sua vantagem competitiva em campo.
Protótipos devem despertar emoção
John Hoke, diretor de inovação da Nike, resumiu o espírito do projeto, afirmando: “Para que esses protótipos sejam bem-sucedidos, eles devem despertar emoções. Eles devem evocar um sentimento de admiração pelo que está além do horizonte, um otimismo para o futuro”. Ele enfatizou que a Nike Air, uma tecnologia com quase meio século de existência, ainda está apenas arranhando a superfície do seu potencial. “Os novos protótipos são uma prova das possibilidades ilimitadas que temos pela frente”.
