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Um passeio pela cultura sneakerhead no Brasil e no mundo

Review: Li-Ning JB1 do astro da NBA Jimmy Butler faz barulho em quadra

Primeiro tênis de assinatura de Jimmy Butler tem qualidades de construção que colocam a chinesa Li-Ning definitivamente no jogo

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Li-Ning JB1 Miami Vice. Foto: Diego Ortiz/Estadão

Quando a marca esportiva chinesa Li-Ning assinou um contrato de quatro anos com Shaquille O'Neal em 2006 pouca gente na NBA entendeu. Os tênis não eram exatamente bonitos e traziam um logo de Shaq enterrando que mais parecia uma falsificação do Jumpman de Jordan. Apesar das críticas, da pouca visibilidade e do lucro mundial anual abaixo de US$ 420 milhões de dólares, a marca nascida em 1989 seguiu obstinada como seu fundador, o ginasta e herói olímpico Li Ning.

Em 2010 a empresa decide ir beber da boa água de Potland, sede da Nike e também sede americana da Adidas. Era o fim do contrato com Shaq, a hora de estudar novos atletas e captar alguns recursos humanos das rivais locais. O exemplo já morava ao lado, bastava apenas ser copiado, e em 2012 a Li-Ning oferece a Dwyane Wade, que estava em seu auge, algo similar ao que a Nike fez com Jordan. Ele seria praticamente o dono da divisão de basquete da marca, calçando modelos revolucionários em termos estéticos que nem as gigantes tinham no momento.

Li-Ning JB1 Miami Vice. Foto: Diego Ortiz/Estadão

Depois de assinar com a Li-Ning, Wade praticamente não jogou mais em alto nível devido à muitas lesões. Mas seu status e personalidade midiática levaram a marca para outro patamar. É aí, depois de tudo isso, que chegamos ao JB1, primeiro tênis de assinatura do astro do Miami Heat, Jimmy Butler. Seguindo o mesmo plano usado com Wade, mas desta vez já com receitas de 2,22 bilhões de dólares, a Li-Ning ofereceu em 2020 um pacote de colaboração completo e, posteriormente, no fim de 2022, um tênis feito sob medida para o jogo intenso de JB. E o resultado do tênis trazido ao Brasil pela Hoops Sports é muito surpreendente.

Li-Ning JB1 Miami Vice. Foto: Diego Ortiz/Estadão

O sneaker lembra em muito a construção sólida dos Kobe Proto, e isso é um baita elogio. O motivo é a placa lateral de estabilização do lado externo do tênis, situada abaixo da logo, e da placa de fibra de carbono em toda extensão da entressola para não deixar o tênis torcer. Mas sem deixar o modelo duro no pé, muito pelo contrário.

Li-Ning JB1 Miami Vice. Foto: Diego Ortiz/Estadão

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A entressola Boom da Li-Ning com espuma macia e responsiva deixa o tênis muito bom para jogadores mais verticais e ágeis. Pode não ser o mais indicado para os pivozões, por ser baixo, mas também não compromete. Pois a contenção do impacto é muito boa. Já a sola traz a tecnologia exclusiva Honeycomb Cellular Loc (HC LOC) da marca, com um desenho de escama de peixe. Muito macia e com muita tração, a sola é perfeita para quadras indoor. Em quadras abertas ela gruda mais poeira e perde um pouco da aderência, passando de uma nota 10 com louvor para 8,5.

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Fibra de carbono no tecido

Outro aspecto que se destaca muito é o tecido usado pela marca no belíssimo cabedal, que mistura poliéster com fibra de carbono, dando ao tênis uma resistência absurda de abrasão, bastante ventilação e um ótimo peso de 400 gramas. Nesta versão do JB1, a Miami Vice, tudo fica ainda mais legal por causa da variação de azul e rosa por todo o cabedal dependendo da incidência de luz.

Li-Ning JB1 Miami Vice. Foto: Diego Ortiz/Estadão

A língua moldada e fina leva a logo de Jimmy Butler no centro, a mesma que vai na última casa dos laces e na palmilha colada (não tente tirar). Feito para pés mais largos, o JB1 não afina na frente como alguns outros modelos de basquete, mas é bastante baixo. Para quem tem os dedos mais altos ou gordinhos para cima, ele aperta um pouco mais, assim como os Kobe, então o ideal é um número maior.

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