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‘Dahmer’: Assistente de produção alega ter sofrido racismo nos bastidores

Kim Alsup afirmou que série da Netflix foi uma das piores em que já trabalhou e chamou a experiência de ‘exaustiva’

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Por Redação
Atualização:

A série Dahmer: Um Canibal Americano, da Netflix, continua a gerar controvérsias. Depois de familiares de vítimas de Jeffrey Dahmer criticarem a abordagem do seriado, uma mulher que trabalhou na produção alegou que sofreu racismo no set de filmagens.

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A assistente de produção Kim Alsup já havia se pronunciado sobre o assunto em uma publicação no Twitter no dia 18 de setembro, dizendo que foi tratada de maneira “horrível” nos bastidores da produção. Atualmente, a conta dela na plataforma é privada.

O assunto voltou à tona por conta de uma entrevista concedida por Kim ao jornal Los Angeles Times. Ela contou ao veículo que não assistiu à série por medo dos gatilhos que isso pode criar.

“Eu apenas sinto que vai trazer de volta muitas memórias de trabalhar lá. Eu não quero ter esse tipo de estresse pós-traumático. O próprio trailer me deu [sintomas] de estresse pós-traumático. Foi por isso que acabei escrevendo aquele tweet e não achei que alguém fosse ler”, revelou.

Rita Isbell, irmã de uma das vítimas de Dahmer, teve seu depoimento recriado pela série da Netflix. Foto: Netflix

Segundo Kim, só havia uma mulher negra, além dela mesma, trabalhando na produção e as duas eram constantemente confundidas por membros da equipe.

“Foi uma das piores séries em que já trabalhei”, disse. “Eu estava sempre sendo chamada pelo nome de outra pessoa, a única outra garota negra que não se parecia em nada comigo, e aprendi os nomes de 300 figurantes”.

A assistente, que já esteve em produções como Grey’s Anatomy, Inventando Anna e Cara Gente Branca, afirmou que a situação só melhorou durante as gravações do sexto episódio, que foi escrito por uma mulher negra e dirigido por um homem negro.

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Contudo, ela disse que a experiência no geral foi “exaustiva” e alegou que a Netflix não disponibilizou coordenadores de saúde mental durante a produção.

Segundo o Los Angeles Times, a Netflix não respondeu às acusações de Kim, mas afirmou que os membros da equipe tinham acesso gratuito a recursos de saúde e bem-estar, incluindo um terapeuta licenciado.

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