Diretor de ‘Blonde’ é criticado por fala machista sobre clássico estrelado por Marilyn Monroe

Andrew Dominik concedeu uma entrevista ao Instituto de Cinema Britânico em que comentou acreditar que as personagens de ‘Os Homens Preferem as Loiras’ são ‘v***** bem vestidas’

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Foto do author Sabrina Legramandi
Atualização:

O diretor de Blonde, filme biográfico da Netflix que acompanha a vida de Marilyn Monroe e os acontecimentos que a acompanharam até a morte, passou a ser criticado por um trecho de uma entrevista concedida ao Instituto de Cinema Britânico.

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No Twitter, a jornalista Christina Newland, responsável pela matéria publicada no site do Instituto, compartilhou um fragmento que mostrava uma fala machista de Andrew Dominik acerca do clássico Os Homens Preferem as Loiras, estrelado por Marilyn em 1953.

Na transcrição publicada pela jornalista, que não foi incluída no texto final, o diretor começa afirmando que a atriz “foi uma explosão cultural no meio de filmes que ninguém assiste”. Quando Christina afirma que ela e seus colegas assistem “muito” ao clássico de 1953, ele se mostra surpreso.

Marilyn Monroe em cena clássica do filme 'Os Homens Preferem as Loiras', de 1953. Foto: 20th Century Studios

Andrew então pergunta sobre o que se trata o filme e a jornalista responde que é “uma visão de mundo um pouco cínica sobre os homens e as relações de gênero”.

O cineasta diz acreditar que o longa é “cínico em relação às mulheres também”, ao passo que Christina responde que “é glamuroso e uma fantasia”.

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Ao final do trecho, o diretor pergunta se o filme é glamuroso porque as personagens estão bem-vestidas e finaliza dizendo: “Elas são v***** bem vestidas. Não sei”.

Além de ser criticado pela fala, Andrew também foi questionado por parecer não ter assistido a Os Homens Preferem as Loiras antes de assumir a direção de Blonde.

A jornalista, porém, esclareceu que o diretor realmente estudou e assistiu a tudo e chega a fazer várias referências sobre outros filmes da atriz durante a conversa.

Blonde também foi criticado por retratar Marilyn como uma mulher frágil e vitimizar a atriz.

Sobre isso, Andrew chegou a comentar que acredita que a artista era “uma pessoa extraordinariamente poderosa”, mas que não acha que ela tenha sido “construída para o sucesso da maneira que as pessoas veem hoje”.

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“Para todo mundo, há momentos de força, e as pessoas queriam dizer que ela assumiu o controle da sua vida. Mas ela queria destruir a sua vida”, argumenta o cineasta.

O longa estreou nesta quarta-feira, 28, no catálogo do serviço da Netflix.

*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais

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