'Eu estava no meu limite emocional', diz Arthur Aguiar após vencer o 'BBB 22'

Campeão opinou sobre sua rivalidade com Jade Picon: 'A grande jogada dela foi um tiro no pé'. Finalistas PA e DG também analisaram sua trajetória

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Por Bárbara Correa
Arthur, DG e PA na final do 'BBB 22' Foto: Globoplay

 Arthur Aguiar se tornou o vencedor do Big Brother Brasil 22, na noite desta terça-feira, 26. O ator teve 68,96% dos votos e conquistou o prêmio de R$ 1,5 milhão. Paulo André é o vice-campeão.

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Com 29,91% dos votos, o atleta leva para casa R$ 150 mil, além dos prêmios acumulados ao longo da edição. Já Douglas Silva recebeu 1,13% dos votos. O artista ficou em terceiro lugar no reality show da Globo e, além de outros prêmios, recebeu R$ 50 mil. 

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 27, os três finalistas comentaram sobre suas movimentações no jogo e analisaram as mudanças que essa experiência causaram em suas vidas.

Arthur Aguiar

Colecionando fãs e haters, Arthur Aguiar vence o 'BBB 22' e garante prêmio de R$1,5 milhão e carro 0km. Foto: Instagram/@bbb

Arthur revelou que acredita que existiram duas versões de sua personalidade no programa. No início, ele se via de forma mais leve e divertida, porém, após diversos jogos da discórida, ele se percebeu cada vez mais triste e as dinâmicas lhe remetiam muitos gatilhos emocionais. 

"Eu sabia que, como jogador, aquilo [jogo da discórdia] era bom, mas, pra mim, pessoalmente, era horrível. Fui me fechando no meu mundo, ficando mais pra baixo, ficando mau-humorado, de cara fechada, ficando chato. Mas eu estava no meu limite emocional. Eu fui entrando em um buraco que eu não conseguia mais sair", lamentou.

Ainda sobre essas dinâmicas do reality, a retórica de Aguiar foi muito elogiada fora da casa. O ex-brother negou que tenha passado por alguma preparação para a competição. "Eu não quis fazer isso, porque eu estava muito seguro de quem eu era", iniciou.

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"Não daria tempo de eu me preparar e criar uma coisa que eu não era, eu não ia sustentar. Eu estava seguro comigo, mas eu tinha muito medo, quem me deu a coragem foi a Maíra. Eu fui com a minha vontade e com a coragem dela", afirmou. 

Por fim, o vencedor do BBB 22 analisou que alguns de seus atritos na casa contribuíram para que o público o acolhesse mais. Além de Rodrigo e Gustavo, o artista analisou, principalmente, sua relação com Jade Picon e opinou que a ex-sister era contraditória e não teve jogadas marcantes. 

"Eles contribuíram para eu ter ferramentas para jogar. Não existiu nenhum movimento da minha parte, eu reagia a algo que eles me davam. Me davam a peça do quebra cabeça pra eu montar", explicou.

Sobre Jade, o campeão do reality comentou: "O discurso foi muito contraditório, quando ela diz que precisa de resposta do público, eu volto, Tadeu diz que eu não corri nenhum risco de sair e, na semana seguinte, me coloca de novo, não faz o menor sentido. Depois me coloca pela terceira vez, quantas respostas ela queria?", questiona. 

"Quando ela dizia: 'eu não vim aqui pra ser óbvia, vim aqui pra fazer diferente' e, nas três vezes, ela faz o mesmo, pra mim é fazer o óbvio. Acho que as movimentações dela foram infelizes para ela. As pessoas diziam que ela era uma grande jogadora, mas não vi nenhuma grande jogada . Na verdade, a grande jogada que ela fez, que foi me colocar no paredão com ela, foi um tiro no pé" relatou. 

Paulo André

Paulo André foi o vice-campeão do 'BBB 22' Foto: Globoplay

PA acredita que sua jornada na competição contribuiu para que ele ganhasse mais notoriedade em sua carreira, porém garante que esse não foi o motivo principal pelo qual quis entrar na disputa. 

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"Entrei no programa para abrir portas não só na minha carreira, mas também na minha vida pessoal. Foi de uma importância muito grande, porque ser atleta no mundo todo é muito difícil, a gente se dedica tanto e, no Brasil, tem dificuldades muito maiores. Ainda mais no atletismo, que é um esporte com pouca visibilidade, e a gente batalha tanto para ser reconhecido e alcançar os objetivos", destacou.

"Infelizmente, a gente tem que alcançar outros meios, mas eu não aceitei o desafio só por isso, queria uma nova experiência, mas o atletismo segue sendo uma coisa que eu amo", afirma. O ex-participante também comentou que soube que sua bolsa atleta foi cortada, porém garante: "Confio no meu potencial, sei que vou reconquistar tudo que mereço". 

Por fim, o vice-campeão relembrou o relacionamento que viveu com Jade na casa. "Eu não sabia que tinha repercutido tanto assim, parece que lá dentro nós éramos os menos vistos como casal. A Jade é uma pessoa muito maneira, mas está tudo muito fresco, tenho que absorver tudo sobre mim e organizar as coisas sobre mim".

Douglas Silva

O ator Douglas Silva ficou em terceiro lugar no 'Big Brother Brasil 22'. Foto: TV Globo

Após sua experiência no reality show da Globo, DG analisou sua trajetória no jogo e, principalmente, os aprendizados que a convivência do programa lhe agregaram. Sobre suas movimentações, ele explicou o motivo pelo qual demorou para querer seguir uma estratégia de voto. 

"Entrei no jogo querendo conhecer as pessoas. A minha chavinha virou depois que, em um jogo da discórdia, tive muitas plaquinhas. Era muito dificil separar o jogo da relação pessoal, como eu ia abraçar uma pessoa e depois combinar voto nela? Tudo mudou quando eu percebi que outras pessoas estavam fazendo isso e, depois da entrada do Gustavo, eu consegui começar a jogar", disse.

Sobre as mudanças que o programa causaram em sua vida, o ator revelou que, atualmente, se permite ser mais vulnerável e até chorar mais. Douglas atribui sua relação com Pedro Scooby como uma das principais motivações para isso.

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"Eu não me permitia chorar pela criação que eu tive, minha mãe sempre foi muito forte, sempre foi sozinha. Ter cinco filhos, cada um de um pai, nenhum assumiu, tinha dois empregos, eu nunca vi minha mãe chorando. Antigamente, eu chorava quado estava sozinho e só", iniciou.

"Dentro do BBB, eu descobri que chorando fico mais forte. Não é vergonha nenhuma chorar, homem também chora. Aquilo me deu força pra continuar nos cem dias no programa, não deixar a saudade da minha familia entrar de uma forma negativa em mim e, de repente, apertar o botão de desistência. Hoje em dia, eu me permito mais, quando eu me permiti chorar, vi que consegui sarar feridas que eu achava que estavam cicatrizadas", afirmou. 

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