A atriz Grazi Massafera revelou, em entrevista ao Encontro desta terça, 11, que demorou para aceitar a carreira atuando e se enxergar como artista. Ela relatou que sofreu preconceito quando deixou a quinta edição do Big Brother Brasil e começou a trabalhar em produções da Rede Globo. Entretanto, somente quando recebeu uma indicação ao Emmy por seu papel em Verdades Secretas, que começou a se enxergar com mais seriedade na profissão.
“Achava que não tinha competência para ser atriz”, revelou ela, que confessou não ter tido ajuda para iniciar na carreira. “Como artista, fui me apaixonando pela profissão, porque eu achava que não tinha qualificação para ser atriz. Fui criando minha autoestima, desenvolvendo meu jeito de estudar, aprendendo com os melhores, e continuo nessa busca. O que mudou foi esse amadurecimento e as minhas escolhas”, afirmou ela.
Grazi ainda confessou que viu os caminhos se abrirem no mundo da atuação por causa de sua aparência. Ela, então, aceitou essa condição, a posição que a colocava em privilégio, e começou a estudar para desenvolver sua própria autoestima como atriz.
“Desenvolvi amor próprio, autoestima. Tudo isso influencia demais na nossa trajetória. De repente fui vendo que isso (beleza) não fazia tanto sentido pro tipo de pessoa que eu queria me tornar. É bom, importante e abre portas? Tenho consciência de que sou a primeira da fila nesse quesito, mas não é suficiente, quero me tornar algo além”, assumiu ela.
Participando do capítulo de estreia em Travessia, ela ganhou destaque interpretando Débora, a namorada de Guerra (Humberto Martins), que se envolve com Moretti (Rodrigo Lombardi) e acaba engravidando. Em um acidente de carro sua personagem morre e sua filha, Chiara (Jade Picon), é criada pelo ex-namorado.
“Está sendo incrível tudo que aconteceu com essa personagem, por voltar na casa fazendo uma personagem tão intensa, que é a chave de uma trama tão importante para a novela e feliz com meu desempenho. Pela primeira vez, começo a ter ainda mais prazer trabalhando. Como atriz, venho tendo mais maturidade, e por isso tendo mais alegria também”, finaliza ela.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.