Matt Reeves, diretor do novo filme Batman, não se vê trabalhando na Marvel. Em entrevista à revista Variety, ele comentou que não se daria bem em uma franquia já estabelecida.
"Tenho muito respeito por Kevin Feige [presidente da Marvel Studios] e também pelos cineastas”, disse. No entanto, ele também falou que provavelmente não conseguiria realizar um bom trabalho.
"Tem que haver algum nível de descoberta para mim, onde eu tenha alguma liberdade para encontrar meu caminho. Se eu tiver que entrar em algo que já está muito firme, então acho que me perderia. E eu não acho que eles ficariam felizes comigo também."
O diretor lembrou das dificuldades no início da gravação de Batman. Após uma pausa de seis meses por conta da pandemia, as filmagens retomaram em setembro de 2020, mas 24 horas depois ele recebeu a notícia de que Robert Pattinson, o protagonista do filme, estava com covid-19.
"Tudo o que fizemos foi filmar um dia. E não era apenas alguém que pegou covid, o Batman pegou covid". Deu tudo certo e o ator se recuperou bem, mas a equipe já havia perdido o dublador Andrew Jack, vítima do coronavírus.
Reeves contou que ficou com medo de se contaminar. "Como não tínhamos vacinas nem nada, eu estava tipo: 'se eu cair, não vamos terminar o filme'". Então ele resolveu se proteger: usava máscara, face shield e até óculos de mergulho.
"Você não podia ver meu rosto, e foi assim que os atores me viram pelo resto do filme". E foi assim que ele gravou o filme que tem um orçamento de 200 milhões de dólares e grandes expectativas para ser sucesso de bilheteria.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.