O último episódio de Beleza Fatal será exibido nesta sexta-feira, 21, para o todo Brasil na Max. A novela, escrita por Raphael Montes, se tornou um sucesso de audiência e repercussão nas redes sociais. Ao longo dos 40 capítulos da trama, no entanto, o motivo de tamanha popularidade fica evidente — Lola, a vilã interpretada por Camila Pitanga.
Digna do panteão de grandes antagonistas dos folhetins brasileiros, a influenciadora digital conquistou o Brasil com seus bordões, seu carisma e, de certa forma, com sua maldade. Ao Estadão, Montes falou sobre a dualidade de sua obra antes da estreia da novela na Max.
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“No começo de Beleza Fatal, você tem uma mocinha evidente e uma vilã carismática. Mas, conforme você avança nos capítulos, percebe que Lola faz coisas antiéticas e amorais, sim, mas não é um monstro. Ela tem seus traumas, seus medos”, afirmou Montes. A entrevista pode ser lida na íntegra aqui.
“O mesmo ocorre com a mocinha. Ela tem boas intenções, entra em uma jornada de vingança porque sofreu uma injustiça. Mas, até que ponto você pode e deve lutar por justiça?”, ponderou o autor.
O questionamento parece ter dado certo, conquistado o público. A falta de uma resposta definitiva também parece ter agradado. Ame-a ou odeie-a, quase ninguém consegue escapar da Lolamania.
A forma com que Montes retrata a moralidade na novela corrobora uma afirmação que o autor fez para o Estadão em abril de 2024, quando lançava o livro Uma Família Feliz. Na ocasião, ele afirmou ter medo de pessoas muito boas.
“Tenho medo das pessoas muito más, mas também morro de medo das pessoas muito boas, que só têm pensamentos bons, que só querem o bem, que não têm qualquer egoísmo, inveja. Mentira! Essas pessoas são mentirosas, são perigosíssimas”, disse. A entrevista pode ser lida na íntegra aqui.
“Também não acredito na pessoa que só tem uma vida péssima o tempo inteiro, porque na miséria você tem momentos de felicidade e na riqueza você tem muitas relações falsas”, ponderou.