Tadeu Schmidt deixa 'Fantástico' para assumir 'BBB'; relembre carreira do apresentador

O jornalista entrou na Globo em 2000, foi repórter esportivo e estava no comando do dominical há dez anos

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Por Redação
Tadeu Schmidt começou a apresentar o 'Fantástico', oficialmente, em 2011. Antes, tinha passado por quadros esportivos. Foto: João Cotta/Globo

Tadeu Schmidt foi oficialmente anunciado como o próximo apresentador do Big Brother Brasil na noite deste domingo, 10, durante o Fantástico. Ele vai deixar a apresentação do programa dominical para assumir o comando do BBB no próximo ano após a saída de Tiago Leifert.

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A informação circula no noticiário desde setembro, pelo menos, e de forma mais contundente desde sexta-feira, 8, mas somente neste domingo houve a confirmação.

Aos 47 anos, o jornalista está na Globo desde o ano 2000 e, na função de repórter esportivo, passou por diversos programas da emissora. O reality show será o primeiro com esse estilo mais voltado ao entretenimento.

Em 2011, ele iniciou no Fantástico em definitivo após ocupar a vaga nos dias de folga de Zeca Camargo e ter criado quadros sobre esporte.

Na época, Schmidt fazia dupla com Renata Vasconcellos, que deixou a atração para dividir a bancada do Jornal Nacional com William Bonner em novembro de 2014. Desde então, é Poliana Abritta que acompanha o apresentador todos os domingos.

Do esporte ao jornalismo (de esporte)

Filho de pai militar e mãe dona de casa, nascido em Natal, no Rio Grande do Norte, Tadeu Schmidt cresceu sob a influência do esporte. Os pais jogaram vôlei e o irmão Oscar Schmidt já era destaque no basquete quando ele nasceu. Assim, pensou que o destino já estava traçado e também jogou vôlei por muitos anos, inclusive fazendo parte da seleção brasileira infanto-juvenil. Mas, aos 17 anos, foi cortado do time e teve de repensar o futuro.

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Com 18 anos, prestou vestibular para Comunicação Social, pensando em ser publicitário, Informática e Direito. Na primeira opção, cursando o primeiro ano, durante um estágio, percebeu que não era a profissão que queria seguir, então transitou para o jornalismo.

"Aí eu decidi: se vou ser jornalista, então vou ser um jornalista bom. Aí comecei a me dedicar pra caramba, porque até então, eu nunca tinha lido um jornal inteiro na vida, eu lia a notícia do esporte se não fosse grande, não tinha o costume de ler", relatou Tadeu Schmidt ao Memória Globo.

Tadeu Schmidt em depoimento ao Memória Globo. Foto: Reprodução do Memória Globo

O primeiro trabalho do jovem como jornalista foi um estágio na Radiobrás, em Brasília, quando estava no penúltimo ano de faculdade. Lá, ficou por um ano e, logo depois de se formar, começou a trabalhar no DFTV, jornal de TV local da Globo.

Sempre que surgiam produções sobre esporte, ele era escalado para fazer, tanto pelo passado de atleta como pelo passado familiar. E ele amava. "O esporte ficou mais fácil para mim, também, porque é mais fácil fazer reportagem, fazer jornalismo com aquilo que você conhece mais. E o que eu mais conheço, sem dúvida, é o esporte", disse.

Em 2000, Schmidt foi convidado pelos profissionais de esporte da Globo do Rio de Janeiro para fazer parte da equipe, depois de sair de Brasília para cobrir a Stock Car. Atuando como repórter, produziu conteúdos para Esporte Espetacular, Globo Esporte, Jornal Nacional, Fantástico e Bom Dia, Brasil. Um dos destaques de sua carreira foi cobrir a aposentadoria do irmão no basquete.

A vida de apresentador

Tadeu Schmidt considera que o começo dele como apresentador foi no Esporte Espetacular, quando substituiu Tino Marcos. Em 2005, ele passou a apresentar o quadro de esportes do Bom Dia, Brasil.

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Ele seguiu nessa função mesmo no exterior, quando foi cobrir a Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, de onde também produzia reportagens para outros telejornais da Globo. Dois anos depois, esteve na cobertura da Olimpíada de Pequim, na China.

Tadeu Schmidt durante participação no 'Altas Horas' com o ex-jogador de futebol Ronaldo Fenômeno, em 2009. Foto: Caroline Bittencourt/TV Globo

No esporte, o jornalista nunca se limitou a apenas dar a notícia. Era preciso ir além do número de gols, de quem ganhou e quem perdeu. Tinha de contextualizar, mostrar como algo aconteceu, tudo com uma linguagem mais próxima da conversa informal com o telespectador. Foi com esse estilo peculiar, cheio de bom humor, que ele foi convidado para integrar o Fantástico.

A chegada ao Fantástico

"O convite para o Fantástico foi o mais importante que eu já recebi na minha carreira. E a repercussão também foi, indiscutivelmente, a maior", lembra ele. Tadeu Schmidt levou ao programa dominical um novo jeito de comunicar o esporte ao público: com mais interação e dinamismo.

Em 2007, criou o quadro Bola Cheia, Bola Murcha, que incentivava o público a enviar vídeos de partidas de futebol. Quem fazia três gols, podia escolher uma música para servir de trilha sonora das imagens. A tradição se mantém até hoje. 

No ano seguinte, o apresentador passou a ter companhia no quadro esportivo, dos Cavalinhos do Fantástico. No início, eles eram apresentados na tela e, a partir de 2014, ganharam "vida" como fantoches que aparecem no estúdio do programa, interagindo diretamente com Schmidt.

Outra atração criada por ele foi o quadro Detetive Virtual, em que se busca desvendar vídeos misteriosos que circulam na internet. A postura divertida sempre caminhou com o profissionalismo do jornalista, que também se mostra igualmente apto a falar sobre temas mais árduos.

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No Fantástico em definitivo desde 2011, agora Tadeu Schmidt se prepara para um novo desafio. E se depender dos internautas, ele vai levar para o BBB tudo o que construiu ao longo da carreira quando se trata de esporte.

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