Volta por Cima, próxima novela das 7 da TV Globo estreia no dia 30, substituindo Família É Tudo na grade da emissora. Com Jéssica Ellen e Fabrício Boliveira como protagonistas, a trama será ambientada no subúrbio carioca, acompanhando o cotidiano desafiador, mas alegre, de seus moradores.
Juliano Cazarré integra o elenco no papel de Jayme, um motorista da Viação Formosa, a empresa de ônibus que é cenário principal do folhetim. Ele é casado com Tereza (Claudia Missura) e vizinho de Lindomar (MV Bill), também motorista e pai de Madá (Jéssica Ellen).
Jayme é gaúcho, fato que Cazarré comemorou em coletiva de imprensa virtual realizada nesta terça-feira, 17. Natural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, o ator tinha vontade de interpretar suas raízes nas telinhas há certo tempo. Jayme, inicialmente, não era gaúcho, mas passou a ser por sugestão dele. “Me dei essa oportunidade”, contou.
O desejo de Cazarré casou com o objetivo da autora Claudia Souto e do diretor artístico André Câmara: Volta por Cima promete gerar identificação com moradores das periferias de todo o País, com personalidades universais que refletem histórias do povo brasileiro.
“Sempre gostei de trabalhar colocando algo de improviso, e eles estão me deixando brincar dessa forma”, diz Cazarré. O ator se inspirou em características do pai e do avô para conceber o personagem. O sotaque, explica, vem de um “Sul imaginado”, misturando trejeitos de várias partes do estado e trazendo impressões e ditados populares em suas falas.
Cazarré acrescenta que está feliz por poder trazer essa representatividade para a TV diante da crise no RS, que foi atingido por fortes enchentes entre abril e maio. “É um beijo e um abraço meu para os gaúchos num momento difícil para o estado”, completa.
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Outro membro do elenco que ganhou espaço para expressar sua cultura é o ator manauara Adanilo, que viveu Deocleciano na primeira fase de Renascer. Em Volta por Cima, será o motorista de ônibus Sidney. Na coletiva, o ator contou que sua ideia de trazer um pouco da cultura amazonense e indígena para o personagem foi apoiada pelos autores.
Claudia Souto pensa que as contribuições de Cazarré e Adanilo encaixaram na proposta da novela de “olhar para o Brasil” e foram muito bem-vindas, possibilitando retratos fidedignos.
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