Não houve meio de o Galo parar o Santos, não ocorreram lances polêmicos e prevaleceu o futebol, o bom futebol da rapaziada de Dorival Júnior. O meio-campo e o ataque brilharam novamente e garantiram resultado sem nada a opor. A defesa, antes calcanhar de Aquiles dos santistas, igualmente se comportou com segurança.
Levir Culpi até chegou a admitir que a equipe dele havia criado chances e que, por isso, 3 a 3, 4 a 3 seriam alternativas viáveis. Por esse raciocínio, o jogo poderia ter terminado com 6 a 3, 7 a 3, pois o Santos também teve oportunidades perdidas.
O que conta foi a postura das equipes. O Santos foi valente, muito diferente daquele time apático da derrota para a Ponte no domingo pela manhã (3 a 1). Além disso, contou com Gabigol endiabrado e responsável pelos dois primeiros gols, aos 37 do primeiro tempo e aos 9 do segundo. Preciso, como sempre, Ricardo Oliveira, que fez o terceiro aos 25. E ainda a eficiência de Marquinhos Gabriel, forte na marcação e que deixou o carimbo dele ao fechar a conta aos 46.
O Atlético esteve indeciso, dispersivo - e essa inconstância foi detectada por Levi, no final das contas. O vice-líder não foi nem sombra da equipe ousada, forte dentro e fora de casa. E teve o infortúnio de topar com um adversário em ascensão.
Mesmo assim, com 12 rodadas pela frente, não pode sequer imaginar a hipótese de jogar a toalha. A diferença para o Corinthians se mantém em 5 pontos e muita coisa vai rolar até o último desafio...
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