A equipe de Juan Carlos Osorio oscila mais do que Bolsa de Valores. Num momento, bate o Inter com autoridade (2 a 0). No seguinte, perde para o Santos sem ver a cor da bola (3 a 0). Em seguida, viaja para Porto Alegre, para encarar um Grêmio embalado e... ganha por 2 a 1. Um vaivém tremendo.
Daí, apresenta-se em casa, diante de um rival na zona intermediária ou mais próximo da turma do desespero. O bom senso indica outro resultado positivo e um pé firme, fincado no G-4. Bola a rolar e... decepção. O São Paulo voltou a ter desempenho apagado, sonolento e amargou empate sem gol. Mas, o torneio é tão doido que ainda assim o tricolor ficou com o quarto lugar, porque o Flamengo perdeu para o Coritiba (2 a 0, em Brasília).
O primeiro tempo poderia ser cancelado, pois não fez falta nenhuma. A Chapecoense ficou atrás, satisfeita com o empate, enquanto o São Paulo nãos e ajudava e deu um chute apenas a gols. Sem Ganso, vetado em cima da hora, o meio-campo foi morno como o restante do time e do próprio jogo.
Um pouco melhor na segunda parte, por causa de dois lances mais atrevidos da Chapecoense logo no reinício. Mexeu um pouco com a vontade tricolor, que forçou o ritmo, ameaçou Danilo, para em seguida cair na mesmice e voltar a ser modorrento.
Pato ficou muito aquém das últimas partidas e pouco fez. Luis Fabiano, que voltava de contusão, não acrescentou grande coisa, as jogadas de perigo rarearam e no final sobraram vaias.
Vaias do público, autocrítica de Rogério Ceni e amargura de Osorio, que lamentou a postura da torcida, por apoiar menos do que se espera. E ainda mostrou-se espantado com o clima conturbado de bastidores, com trocas de acusações entre grupos políticos do clube.
O São Paulo "diferente", de fino trato e nobre parece ter ficado no passado.
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