PARIS - O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris cancelou uma coletiva de imprensa que estava prevista para ocorrer nesta sexta-feira, data marcada para a cerimônia oficial de abertura do evento. Não há justificativas sobre o cancelamento do evento, mas a manhã francesa está tumultuada por causa de ataques às linhas férreas que atendem o país no que está sendo considerado uma “sabotagem”.
Até o momento os serviços de transporte ferroviário não foram reestabelecidos onde houve os ataques, que contaram com incêndios e roubo de cabos elétricos. Eles se concentraram nos eixos de Courtalain (Eure-et-Loir), Pagny-sur-Moselle (Meurthe-et-Moselle) e Croisilles (Pas-de-Calais). Apesar de os ataques não terem acontecido em Paris, o transporte para a capital foi afetado do mesmo modo que a saída em trem para a Inglaterra. Estima-se que 800 mil pessoas sejam impactadas pelo ataque.
Nas ruas de Paris o som mais estridente é o das sirenes dos comboios policiais. Segurança foi um tópico sensível durante toda a preparação para os Jogos Olímpicos de Paris. Nesta sexta-feira, cerca de 55 mil agentes, incluindo policiais e militares, estão a serviço da proteção da cerimônia de abertura em toda a capital francesa, especialmente na região do entorno do rio Sena.
De acordo com o jornal Le Figaro, os ataques desta madrugada adotaram o modus operandi da “ultraesquerda”. Até o momento, não houve reivindicação do ataque e tampouco trata-se de um atentado terrorista.
Ao Estadão, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) afirma que não foi, até o momento, impactado pelos ataques na manhã desta sexta-feira na França. A programação com os atletas e delegação não foram alteradas até o momento da cerimônia de abertura, que acontece às margens do rio Sena, em Paris.
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