Fim da novela. O ala Andrew Wiggins, do Golden State Warriors, está vacinado contra a covid-19 e, assim, estará apto para atuar em todas as partidas da equipe da Califórnia em breve na NBA. O jogador havia sido criticado por especialistas e fãs ao se posicionar contra a vacinação por motivos pessoais e religiosos, contudo sua posição mudou após o "Media Day" na última semana.
Comandante dos Warriors, Steve Kerr confirmou a informação. "Andrew foi vacinado. Ele acabou de me dizer hoje (domingo) que estava bem com o nosso reconhecimento e isso seria o fim de tudo", disse o treinador.
Caso não se vacinasse, Wiggins não poderia atuar em nenhuma partida em casa por conta de uma lei em vigor do Departamento de Saúde Pública de San Francisco para presença de pessoas em grandes eventos fechados. Além disso, estima-se que ele pudesse perder mais de US$ 15 milhões (R$ 81 milhões na cotação atual), que é metade de seu salário para a temporada 2021-2022, estipulado em US$ 31,6 milhões (R$ 170,6 milhões).
A vacinação gerou polêmicas nas últimas semanas ao redor da NBA. Entretanto, pelo menos nos Warriors, não houve conflitos públicos. Inclusive, o ala-pivô Draymond Green, quando comentou sobre o caso, apoiou a liberdade de escolha do colega. Resta saber se Wiggins estará no time titular dos Warriors no próximo dia 21, data da estreia na temporada 2021-2022 diante do Los Angeles Clippers.
Nos bastidores, estima-se que 95% dos jogadores da NBA já receberam pelo menos a primeira dose da vacina contra a covid-19, enquanto que 90% estão completamente imunizados. Entre os que chamam mais atenção, LeBron James anunciou na última semana que recebeu o imunizante, afirmando que tomou a decisão para proteger "família e amigos". Do outro lado do debate, astro Kyrie Irving, do Brooklyn Nets, ainda não aceitou se vacinar contra a covid-19, provocando desconforto em ex-atletas, como Shaquille O'Neal, que criticou o jogador pela atitude, e até mesmo Bill de Blasio, atual prefeito da cidade de Nova York.
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