Horas depois de aceitar doar US$ 500 mil (RS 2,6 milhões) para fundações dedicadas ao combate à intolerância e se comprometer a trabalhar com a Liga Antidiscriminação, ONG que luta contra o antissemitismo e outros tipos de preconceitos, Kyrie Irving, armador do Brooklyn Nets, foi suspenso por cinco partidas pela franquia nesta quinta-feira. No último dia 29, o atleta compartilhou um documentário de teor antissemita e teorias da conspiração.
“Nos últimos dias fizemos repetidas tentativas de trabalhar com Kyrie Irving para tentá-lo fazer entender o perigo e a dor que suas palavras e ações trouxeram, começando com ele promovendo um filme que tem muito conteúdo antissemita. Acreditávamos que o caminho da educação nesta difícil situação seria o correto e pensamos ter feito progresso em nossa luta coletiva de acabar com o ódio e a intolerância”, diz a nota oficial do time de Nova York.
“Ficamos bastante consternados hoje, quando ele recebeu uma oportunidade em uma entrevista coletiva, que Kyrie se recusou a dizer inequivocadamente que ele não tem crenças antissemitas, e nem reconhecer nenhum material de ódio no filme. Essa não foi a primeira vez que ele teve a chance de esclarecer as coisas e falhou. Tamanha falha de rejeitar o antissemitismo quando teve a oportunidade é um comportamento perturbador, contra os nossos valores”, completou a nota.
Irving já havia se colocado no centro de uma grande polêmica quando se recusou a tomar a vacina contra a covid-19. A decisão fez ele ficar de fora da maior parte dos jogos do Nets em casa, já que Nova York exigia a vacinação.
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