SÃO PAULO - Donos de 13 das 17 medalhas de ouro colocadas em disputa na história dos Jogos Olímpicos, os americanos sempre são considerados os favoritos ao posto mais alto do pódio no basquete. Em Londres, a seleção espanhola é colocada como a equipe que pode desafiá-los mais uma vez – fizeram a final dos Jogos de Pequim, em 2008."A Espanha é a seleção que está um nível acima. As outras ficam mais ou menos igualadas", destaca o técnico da seleção brasileira, Rubén Magnano.Os espanhóis, campeões do mundo em 2006, vice-campeões olímpicos em 2008 e atuais bicampeões europeus (2009 e 2011), serão adversários do Brasil na última rodada da fase de classificação.O time, porém, enfrenta problemas. O armador Ricky Rubio, um dos destaques do time espanhol apesar de seus 21 anos, não disputará a Olimpíada. O jogador do Minnesota Timberwolves precisou passar por uma cirurgia para reconstruir o ligamento cruzado do joelho esquerdo rompido em março. "Será muito triste ficar fora dos Jogos Olímpicos. Eu já pude disputar uma vez, e sei exatamente o que vou perder", disse o prodígio espanhol.Outro titular da equipe do técnico Sérgio Scariollo sofre com problemas físicos. O ala Rudy Fernández passou por uma cirurgia de hérnia e precisou abandonar seu time, o Denver Nuggets, para tentar se recuperar a tempo de disputar a Olimpíada. Aumenta, assim, a importância dos irmãos Pau e Marc Gasol, além do experiente Juan Carlos Navarro, para um bom papel.DESPEDIDAPara muitos, a Olimpíada de Londres será a última apresentação coletiva do time que ficou conhecido como a geração dourada da Argentina. A equipe, que foi comandada por Rubén Magnano, conquistou o ouro na Olimpíada de Atenas/2004, ao derrotar a Itália na final e os EUA na semifinal, e ainda subiu ao pódio nos Jogos de Pequim/2008, com o 3º lugar.São atletas como Manu Ginóbili, Luís Scola e Andrés Nocioni, todos confirmados pelo técnico Julio Lamas para Londres, que participaram dos primeiros momentos gloriosos do basquete argentino, com o vice-campeonato mundial em Indianápolis/2002. "Gostaria que a despedida desses atletas seja jogando o melhor nível possível, e conseguindo o melhor resultado possível", disse Lamas. "O ouro é muito complicado, quase uma utopia", admite Ginóbili, que coloca EUA e Espanha como favoritos. "Mas acredito que o bronze não é impossível."
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