O fato é que a defesa coreana, que todo mundo julgava um time inocente, levou a melhor contra o badalado ataque brasileiro durante todo o primeiro tempo. A Coreia ficou atrás, teve muito menos posse de bola que o Brasil, mas também deu suas pontadas e tentou levar algum perigo ao gol de Julio César. Não conseguiu, mas Jong Tae Se, o número 9, que chorou durante o hino, é um bom jogador.
O Brasil não altera a formação no intervalo. Mas a disposição parece diferente.Marca sob pressão desde o início e em passe de Elano, Maicon marca um golaço, quase sem ângulo, de curva. Numa jogada de qualidade técnica, o Brasil abre o placar e quebra a muralha coreana. Com a necessidade de atacar, a Coreia dá o contra-ataque ao Brasil e o Brasil quase marca o segundo com Luis Fabiano.
O volume de jogo do Brasil continua bem maior. Com passe genial de Robinho, Elano entra livre e marca, aos 26'. A Coreia parece ruir. Mas o Brasil tem dificuldade em ampliar o marcador. Numa jogada, falha da defesa, e a Coreia marca seu gol, com Ji Yun Nam, aos 43'. Não chega a tomar sufoco no final do jogo, mas não dá aquele espetáculo que alguns otimistas esperavam.
Dois a um é um resultado magro, com o Brasil apresentando todas as deficiências que preocupavam os comentaristas. Em especial, deficiência na criatividade. A técnica superior fez a diferença em dois lances. Será suficiente quando enfrentar um adversário mais qualificado? Essa, a questão.
O jogo foi sofrível. Dou nota 5 pelos dois gols brasileiros, muito bonitos.