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Bolsa furtada em Paris não continha ‘dados sensíveis’ sobre Jogos Olímpicos, diz Promotoria

Computador e cartões de memória de engenheiro da prefeitura foram roubados em um trem; servidor disse à polícia francesa que equipamentos tinham informações importantes sobre a segurança de Paris-2024

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Foto do author Leonardo Catto
Atualização:

Uma bolsa com um computador e duas chaves USB, que continham planos de segurança dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, foi furtada na segunda-feira, dia 26, na capital francesa. O crime aconteceu em uma estação de trem parisiense e foi confirmado pela polícia local. O dono da bolsa é um engenheiro da prefeitura de Paris. Ele colocou sua bagagem no espaço acima do assento. O servidor percebeu, posteriormente, o desaparecimento da bolsa.

O registro da ocorrência foi feito pelo próprio engenheiro ainda na delegacia da Gare du Nord (Estação do Norte), em Paris. Conforme a agência de notícias AFP, o servidor da prefeitura explicou em depoimento que os materiais furtados continham “informações sensíveis referentes aos planos de segurança para os Jogos Olímpicos”. Ainda conforme o depoimento, o material havia sido elaborado pela polícia municipal.

Paris planeja mobilizar um efetivo de 2 mil agentes para a segurança durante os Jogos Olímpicos. Foto: Thibault Camus/AP Photo

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Na quarta-feira, contudo, o Ministério Público apontou que o material furtado “não continham informações sensíveis a segurança”, contestando o depoimento do engenheiro. Os dados do cartão de memória eram restritos ao trânsito na cidade e não à segurança da Olímpíada. “É importante informar que havia somente informações sobre a circulação de carros em Paris durante os Jogos Olímpicos e não sobre dispositivos de segurança”, apontou a Procuradoria, que classificou as notícias sobre o furto como “precipitadas”.

A prefeitura de Paris confirmou que ativou os procedimentos necessários para evitar uma invasão no seu sistema de informática. O caso é investigado somente com “roubo em transporte público”, conforme a Procuradoria informou. Os Jogos Olímpicos acontecem na capital francesa entre 26 de julho e 11 de agosto. A polícia local vai mobilizar um efetivo de 2 mil agentes no período.

Vila Olímpica tem abertura oficial com presença de Macron

Dois dias após o susto, a organização dos Jogos Olímpicos recebeu oficialmente as chaves da Vila Olímpica nesta quinta-feira, dia 29. O presidente francês Emmanuel Macron participou da cerimônia e disse que a França está pronta para receber o evento mais importante do esporte mundial, que acontece em cinco meses.

O Rio Sena, um dos principais do país europeu, atravessa a Vila Olímpica. Macron prometeu que irá visitar o local e vai nadar no rio durante os Jogos. O local vai acomodar quase 14,5 mil atletas e treinadores. A construção da Vila Olímpica levou sete anos. O presidente francês explicou a demora por eventos como a pandemia de covid-19, dois anos de alta inflação e a guerra na Ucrânia. “Tivemos sucesso a tempo do previsto e com exemplar cuidado social e ambiental”, disse Macron.

A Vila Olímpica tem 52 hectares e aproveitou uma área de terrenos abandonados em um antigo distrito industrial, no Norte de Paris. Foto: Ludovic Marin/Reuters

Segundo a presidência, o custo adicional com as obras foi 3% do total, sem contar com a inflação no período. Os gastos com a Vila Olímpica são estimados em torno de 2 milhões de euros (R$ 10,8 milhões). O espaço total tem 52 hectares, com 82 edifícios, 3 mil dormitórios e 7,2 mil quartos de 12 metros quadrados. No centro da Vila Olímpica, ficará a Cité du Cinéma (Cidade do Cinema, em francês), que vai sediar o restaurante do local.

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Agora, a organização trabalha para equipar os dormitórios com a mobília. Serão 206 delegações recebidas. Uma policlínica de 3 mil metros quadrados também estará à disposição dos atletas 24 horas por dia para tratamentos, exames e ressonâncias magnéticas.

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