Brasil fica na frente todo o jogo, mas sofre derrota no último minuto no handebol das Olimpíadas

Embora tenha perdido muitas chances, seleção consegue abrir vantagem, porém, não segura húngaras no fim da partida

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Foto do author Leonardo Catto
Atualização:

A seleção brasileira feminina de handebol tomou um banho de água fria neste domingo, 28, na segunda rodada das Olimpíadas de Paris. Depois de derrotar a Espanha, o time fez jogo duro contra a Hungria e conseguiu ficar a frente durante toda partida, mas sofreu a derrota por 25 a 24 no último minuto.

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A seleção húngara de handebol é uma pedreira, mesmo tendo perdido na estreia, para a França. A equipe tem seis participações em Olimpíadas e já conquistou uma prata, em Sidney-2000. Além disso, tem dois bronzes: Montreal-1976 e Atlanta-1996 e um título mundial em 1965.

A partida teve equilíbrio no começo, com o placar tendo, no máximo, dois gols de diferença. As húngaras tiveram bons chutes, quase sempre em direção ao gol, mas a goleira Gabi Moreschi, sensação da estreia contra a Espanha, conseguiu conter o ataque das adversárias. O grande problema desta segunda rodada foram as chances desperdiçadas no ataque.

Goleira Gabi Moreschi voltou a ser essencial, mas não conseguiu conter as húngaras no último ataque. Foto: Luiza Moraes/COB

As pontas brasileiras tinham liberdade para finalizar, mas estavam sem precisão no começo do jogo. O problema foi apontado em tempo pedido pela comissão técnica. O time absorveu as orientações e passou a aproveitar melhor os ataques, chegando a abrir três gols de diferença.

A primeira etapa acabou 15 a 12 para o Brasil. A vantagem, entretanto, não dava conforto. No começo da segunda etapa, as húngaras já descontaram.

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A resposta brasileira veio rápido. O time ampliou ainda mais e chegou 18 a 14, ainda que logo a Hungria tenha descontado para 18 a 15. Na defesa, Gabi Moreschi continuou demonstrando serviço.

Adriana Cardoso assustou torcedores e comissão quando teve que sair após um choque. Ela ficou um tempo fora, mas conseguiu retornar à quadra e não deve ser desfalque.

Adriana Cardoso fez dois gols, em dia que ataque do Brasil falhou. Foto: Luiza Moraes/COB

Um momento chave do jogo foi quando Giulia Guarieiro sofreu punição, ficando dois minutos fora, aos 42 minutos de partida. A Hungria, que também tinha seis atletas, conseguiu buscar um gol com Petra Simon, de apenas 19 anos. A garota mostrou gosto e voltou a marcar, diminuindo a vantagem para 19 a 17.

O alívio veio quando a punição brasileira acabou. Mariane Fernandes logo reanimou as brasileiras com o vigésimo gol. A Hugria parecia complicar e chegou a encostar no placar (20 a 19), mas Mariane novamente mostrou ímpeto em abrir espaço na defesa adversária e aumentar a vantagem novamente, com mais dois gols.

Faltando dez minutos para o fim do jogo, o placar voltou a ficar apertado, com 23 a 22 para o Brasil. As Leoas ainda perderam um tiro de sete metros e viram a Hungria empatar. A pontaria voltou a falhar, como no começo do jogo.

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No minuto final, com 24 a 24 no placar, Petra Simon fez o gol derradeiro, confirmando a primeira derrota brasileira.

Com o resultado, o Brasil ainda lidera o Grupo B, mas vai perder a posição a depender dos outros jogos da rodada. França ou Holanda, que se enfrentam, podem superar o Brasil. As Leoas ainda podem ficar atrás de Angola, que encara a Espanha.

As brasileiras voltam à quadra na terça-feira, 30, às 14h, contra a França. Já a Hungria encara Angola, também na terça, mas às 11h.

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