O velocista britânico Chijindu Ujah, também conhecido como CJ Ujah, foi suspenso por 22 meses nesta segunda-feira, por doping. Seus testes apontaram uma substância proibida durante a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, onde faturou a medalha de prata no revezamento 4x100 metros com o time britânico.
A medalha já havia sido retirada de Ujah e dos seus companheiros de equipe, Zharnel Hughes, Richard Kilty e Nethaneel Mitchell-Blake. Mas a suspensão só foi anunciada nesta segunda. A punição é retroativa a 6 de agosto do ano passado, quando o teste antidoping foi realizado.
Na prática, o velocista poderá voltar às competições em 5 de junho do próximo ano. Assim, poderia estar presente no Mundial de Budapeste, na Hungria. A competição será realizada entre 26 de agosto e 3 de setembro de 2023.
Ujah testou positivo para ostarine, que ajuda no aumento muscular, e S-23, substância que imita o efeito da testosterona. A Unidade de Integridade do Atletismo, responsável por julgar e punir casos de doping na modalidade, afirmou ter aceitado a justificativa do britânico de que não teria ingerido essas substâncias de forma intencional. O atleta alegou que falhou no teste “como resultado de uma ingestão de suplemento contaminado”.
Por ter sua justificativa acolhida, a punição caiu de 24 meses para 22, o que na prática permite sua participação no próximo Mundial de Atletismo. “Tomar suplementos é arriscado para os atletas porque eles podem ser contaminados ou terem suas amostras adulteradas por substâncias proibidas”, afirmou Brett Clothier, chefe da Unidade. Com a punição, Ujah não poderá disputar as cinco primeiras etapas da Diamond League em 2023.
O velocista de 28 anos é uma das maiores referências do atletismo britânico atualmente. Sob a sua liderança, a Grã-Bretanha se sagrou campeã mundial (2017) e europeia (2016 e 2018) no revezamento 4x100 metros. Na Diamond League, foi o campeão dos 100 metros na final de 2017.
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