COI avalia conduta de atletas para decidir sobre liberação de russos e belarussos em Paris-2024

Entidade máxima do esporte olímpico no mundo vai levar em conta a atitude dos competidores da Rússia e de Belarus para liderar a participação na próxima Olimpíada

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Por Redação

Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), afirmou nesta quinta-feira que a liberação da participação de russos e belarussos nos Jogos de Paris-2024 dependerá do comportamento dos atletas dessas nacionalidades em competições internacionais. Embora tenha recomendado a reintegração aos organizadores de campeonatos, o COI tem adiado a decisão sobre permissão para a Olimpíada.

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“O momento é mais de monitorar a situação, de avaliar se as regras estão sendo respeitadas, se as condições estão sendo respeitadas por todos”, disse Bach. “É cedo para tirar conclusões, temos a responsabilidade de não punir os atletas pelos atos de seus governos”, completou.

Atletas de Rússia e Belarus, países aliados na invasão à Ucrânia, chegaram a ser banidos de competições ao redor do mundo. O futebol e o atletismo, por exemplo, assumiram posições duras, banindo times e atletas dias após a invasão, em fevereiro de 2022. A Rússia foi impedida de tentar se classificar para as Copas do Mundo masculina e feminina de futebol.

Thomas Bach comentou sobre a possibilidade de atletas da Rússia e Belarus disputarem a Olimpíada de Paris  Foto: Laurent Gillieron/Keystone via AP

Outros esportes, como tênis e ciclismo, continuaram a permitir que russos e belarussos competissem como neutros, sem defender as cores nacionais. Em março deste ano, o COI fez uma recomendação para que todas federações e associações esportivas internacionais seguissem este mesmo modelo, em uma tentativa de reintegração dos atletas das duas nações. Além da neutralidade, é exigido que os competidores não tenham vínculos com instituições militares, algo bastante frequente entre os desportistas russos.

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Diante de tal cenário, encontros de russos e belarussos com ucranianos têm gerado desconforto no mundo do esporte. Em Wimbledon, a tenista ucraniana Elina Svitolina se recusou a apertar as mãos de adversárias da Rússia e de Belarus. O comportamento chegou a gerar vaias nas arquibancadas, por isso Svitolina solicitou um posicionamento à organização do Grand Slam, que pediu respeito à postura da tenista.

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