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Provas de rua de A a Z

Ciclista pedala 646 km e sobe 26.563 m em 78 horas no Rio de Janeiro

Túlio Raunyr atingiu uma altitude equivalente a três Monte Everest

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Foto do author Silvia Herrera

Não sabendo ser impossível, foi lá e fez. Na segunda-feira (24), o ciclista Túlio Raunyr, de 32 anos, que pratica ciclismo há 19 anos, registrou 646,1 quilômetros em pouco mais de 78 horas. Durante o trajeto, no Rio de Janeiro, ele atingiu 26.563 metros de altitude, equivalente a três Monte Everest. Este desafio, conhecido entre os atletas como Everesting, consiste em percorrer em qualquer lugar do mundo, a pé ou de bike, de uma só vez, os 8.848 metros correspondentes ao pico mais alto do planeta, localizado na Ásia. Quando se considera a distância, é como se ele tivesse enfrentado o Everest 73 vezes. Com base na atividade compartilhada no Strava, Túlio teve perda de 18.628 calorias (kcal). Veja a atividade aqui

Túlio Raunyr/ Foto: Arquivo Pessoal

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O local escolhido para o Everesting inclui diferentes tipologias de solo, tornando maior a dificuldade durante o itinerário. O ponto de partida foi no Horto, bairro da zona sul do Rio de Janeiro, e finalizado no Alto da Boa Vista. Este não é o primeiro recorde pessoal de Túlio, que é primeiro tenente da Marinha. Em seu tempo livre, participa de competições do setor.

O monitoramento do percurso, em uma das rotas Strava mais apreciadas pela comunidade de ciclismo, foi realizado pela plataforma e com base no GPS. "A todo momento eu olhava o aplicativo e pensava: falta pouco, estou quase. Mais à frente olhava novamente e via o quanto eu já tinha percorrido e o quanto eu havia perdido em calorias. A plataforma me ajudou muito e foi me guiando no trajeto. Às vezes colocava uma música e pedalava mais rápido, até conseguir, e no fim deu essa conquista, a maior da minha vida", relata o ciclista.

 Foto: Strava

"Como já tinha realizado os outros desafios do Everesting (Quarter, Basecamp, Everesting, Everesting 10k, Everesting Roam e Double), sabia que esse seria ainda mais difícil tanto para o corpo, como para o psicológico", conta.

Preparação

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O atleta precisou fazer treinos de repetição duas vezes por semana em locais como a Mesa do Imperador, Estrada das Canoas, Estrada do Joá, Mirante Dois Irmãos, Rua Timóteo da Costa e Mirante do Pasmado. "Subi o máximo de vezes que consegui em uma zona de frequência Z2/Z3, parando para hidratação e alimentação depois de algumas subidas. Também fiz treinos longos uma vez na semana com no mínimo 3 mil metros de ganho de elevação".

Outro detalhe prévio para o desafio envolvia as pausas. "Realizei um planejamento com o tempo designado para refeições, hidratação e trocas de roupas. Convidei amigos para ter um apoio psicológico. Alguns se disponibilizaram para fazer algumas subidas comigo e outros ajudaram acompanhando de carro ou moto para iluminar e dar um pouco de segurança durante a madrugada. Neste horário, a fadiga bate e o apoio nesse horário é fundamental", explica.

Suas motivações vieram das necessidades em sua infância na Paraíba. "Quando eu era adolescente e morava no interior, eu não tinha como ir para escola, não tinha ônibus. Eu tinha que ir de bicicleta e com isso veio a minha paixão. Ela surgiu da minha necessidade e hoje uso a meu favor para evoluir e incentivar mais pessoas ao meu redor", diz.

 

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