Único representante convocado pelo Time Brasil para a maratona olímpica, Daniel Ferreira do Nascimento testou positivo no exame antidoping, realizado fora de competição, em 4 de julho. O nome dele consta da lista de atletas com suspenção provisória divulgada nesta segunda-feira, 15 de julho, pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). Com isso, ele ficará de fora da Olimpíada de Paris, que pela primeira vez na história abriu a maratona também para os corredores amadores. Os 80 atletas da elite vão largar de manhã de 10 de agosto, e os 20.024 amadores, à noite. Cerca de 140 corredores amadores brasileiros vão participar.
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Dono da melhor marca de um não africano na maratona (02:04:51), Danielzinho é paulista e sonhava treinar no Quênia, o que conseguiu concretizar e assim evoluir muito no esporte. Voltou ao Brasil este ano, estava morando no Rio de Janeiro. Na relação da ABCD, ele testou positivo para sete substâncias: Drostanolona ; 3alfa-Hidroxi-2alfa-metil-5alfa-androstan-17-ona; Metenolona; 3alfa-Hidroxi-1-metileno-5alfa-androstan-17- ona; Nandrolona;19-Norandrosterona; e 19-Noretiocolanolona. São substâncias proibidas que melhoram a força e a performance.
Na última maratona que ele disputou, em Londres, o maratonista levou um tombo no km 16. Na Maratona de Nova York de 2022, ele estava liderando a prova quando teve um apagão no km 30. Esta seria sua segunda olimpíada. Sua namorada e também maratonista da elite brasileira, Graziele Zarri foi pega no exame antidoping em janeiro, por três substâncias: Testosterona; 5a-androstanediol; e 5b-androstanediol.
Em 2020, para se classificar para a maratona olímpica, o tempo estabelecido foi de 2h11m30s. Para Paris, houve uma redução de 3m20s, o tempo caiu para 2h08m10s. No Feminino, são 2m40s de diferença: 2h29m30s em Tóquio para 2h26m50s em Paris. Daniel era o único brasileiro com o índice. O recorde brasileiro feminino na maratona pertence à Adriana Aparecida da Silva, com 2h29m17s, tempo estabelecido em 2012, e que é superior ao índice.