EUA liberam manifestações religiosas de treinadores esportivos em escolas públicas

Suprema Corte foi provocada a decidir sobre tema após técnico de futebol americano ser desligado de colégio por fazer pregações e rodas de oração em campo

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Por Redação

A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou, nesta segunda-feira, que treinadores de alunos de escolas públicas poderão realizar manifestações religiosas em espaços dedicados à prática desportiva, antes ou após os eventos, sem que isso incorra em punições ou demissões.

O caso que originou esta decisão diz respeito a um treinador de futebol americano que reunia seus alunos no centro do gramado ao término das partidas para uma roda de oração. Ele também fazia pregações eventualmente em momentos anteriores e posteriores a partidas de sua equipe.

Americanos oram em frente à Suprema Corte durante sessão sobre práticas religiosas em escolas públicas Foto: EFE/MICHAEL REYNOLDS

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Durante sete anos, Joseph Kennedy foi técnico da equipe de futebol americano de um colégio de Ensino Médio (High School) em Bremerton, cidade próxima a Seattle. Ele não teve seu contrato com a escola renovado após negar pedidos para que parasse com as pregações e orações. O argumento usado era a Primeira Emenda da Constituição norte-americana que veda o Estado e funcionários públicos de incentivar, financiar ou promover a prática religiosa.

No entanto, no julgamento desta segunda-feira, seus advogados viram outro argumento prevalecer, acionando outra cláusula da Primeira Emenda, que garante a liberdade de religião e expressão. Com maioria conservadora na Suprema Corte, são ampliadas as decisões favoráveis a causas religiosas.

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Na última semana, o colegiado norte-americano revogou o direito ao aborto como uma questão constitucional e passou a deixar na mãos dos Estados a liberação da prática e possíveis punições a ela.

Joseph Kennedy ganhou o voto dos seis juízes conservadores a favor de sua causa. Três membros progressistas foram votos vencidos. "Uma organização governamental queria punir um indivíduo por uma prática religiosa breve, tranquila e pessoal", argumentou o juiz Neil Gorsuch. "A Constituição não ordena, nem aprova, esse tipo de discriminação."

No Brasil, a prática religiosa é amplamente difundida nos esportes. No futebol, principal modalidade do País, principalmente. Antes das partidas, atletas se reúnem para oração. Alguns entram em campo com amuletos e rezam individualmente. Em países de maioria muçulmana, também é comum ver os atletas ajoelhados em campo em suas manifestações religiosas./ COM INFORMAÇÕES DA AFP.

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