Abel Ferreira fala do Palmeiras, se esquiva sobre o Benfica e revela o que fará em Portugal

Técnico foge de certezas e diz que vai se inspirar em padres nessas férias ao desembarcar no Porto

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Abel Ferreira chegou ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, nesta quinta-feira, e foi abordado por jornalistas portugueses. O técnico do Palmeiras é alvo de especulações em seu país e cotado para o comando do Benfica. Ele se esquivou sobre a possibilidade de assumir o time de Lisboa, falou acerca do futuro no clube alviverde e disse o que fará nas férias.

PUBLICIDADE

“Esse negócio não é meu”, afirmou Abel sobre substituir o alemão Roger Schmidt no Benfica. “O futebol é isso. Por isso é que é tão difícil estar três anos num clube. O exemplo do Roger Schmidt pode ser o exemplo do Rúben Amorim ou do Sérgio Conceição. Não vamos ganhar sempre. Eu recebi o prêmio de melhor treinador do Brasileirão e fiz questão de dividi-lo com todos os treinadores brasileiros, porque sei o quão difícil é ser técnico.”

O Benfica fez uma campanha ruim na Champions League, terminou na terceira posição do Grupo D e terá de jogar os playoffs da Liga Europa. No Campeonato Português, o clube de Lisboa ocupa o terceiro lugar, com um ponto a menos que os rivais Sporting e Porto, que estão na ponta.

Abel Ferreira conquistou seu nono título com o Palmeiras no início do mês. Foto: Cris Mattos/ Reuters

“Não (gostaria de voltar a treinar em Portugal). O que eu quero mesmo é estar com a minha família. Ser treinador em Portugal, sendo português, não é fácil. Não para mim, mas para a minha família, porque infelizmente vivemos num mundo muito midiático, e as pessoas não conseguem separar o treinador da pessoa”, afirmou Abel.

Apesar de reforçar com o Palmeiras que seu contrato vale até dezembro de 2024, Abel Ferreira não fala com todas as letras que permanecerá no clube. Em Portugal, o treinador afirmou que tem vínculo com o time alviverde, mas apontou novamente que o futebol convive com a “incerteza”.

Publicidade

“Eu tenho contrato, isso que é certo. Gosto de estar no Palmeiras. Agora, nós sabemos que a única certeza no futebol e na vida é a incerteza. Nesse momento, o mais importante é vir para casa, descansar, porque o Campeonato Brasileiro é muito exigente e não são três meses de Brasil, são três anos”, disse Abel.

O Palmeiras retoma suas atividades apenas em janeiro. Até lá, Abel deve permanecer em Portugal e ficar mais próximo dos pais, mulher e filhas. Ele disse pretender fazer um “retiro” para descansar e pensar em seu futuro, ouvindo os familiares. “Eu vou fazer como fazem os padres. Os padres às vezes fazem retiros. Eu preciso me retirar, ficar em silêncio e ouvir a minha consciência e a minha família”, concluiu.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.