Acusado de matar palmeirense, ex-presidente da Gaviões é absolvido pelo TJ-SP

Rodrigo de Azevedo Fonseca, o Diguinho, teria matado um membro da Mancha Alviverde em 2005

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Por Pedro Pannunzio
Atualização:

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) absolveu, nesta quarta-feira, o ex-presidente da torcida Gaviões da Fiel, Rodrigo de Azevedo Fonseca, o Diguinho, pela acusação de homicídio do palmeirense Diogo Borges, que era membro da torcida Mancha Alviverde, ligada ao Palmeiras. A Promotoria informou que vai recorrer da decisão. O julgamento estava previsto para ser prolongado até sexta-feira, mas após cerca de nove horas de sessão plenária, o réu foi inocentado por quatro votos a três.

Diogo foi vítima de um tiro durante uma briga entre as duas torcidas organizadas no dia 16 de outubro de 2005. O caso ocorreu na estação Tatuapé do metrô, zona leste da capital paulista, aproximadamente três horas antes do clássico entre Palmeiras e Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro. Foram 13 anos até o julgamento em primeira instância ser concluído. Neste período, Diguinho aguardou a sentença em liberdade.

Diguinho, ex-Gaviões da Fiel Foto: Reprodução/YouTube/Gaviões da Fiel

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Marcos Borges, pai de Diogo, disse, com a voz embargada de choro, que por um lado está aliviado pelo julgamento ter sido concluído, mas por outro "triste por ele (Diguinho) ter sido absolvido". O pai da vítima confessou que perdeu as esperanças de que a decisão seja revertida em segunda instância. "Mais quantos anos vai demorar para recorrer? Para julgar levou 13 anos. Acho que é muito difícil ele ser condenado da próxima vez", diz.

Imagens do circuito de segurança mostram Diguinho supostamente com uma arma na mão atirando de cima para baixo. A defesa apresentou um laudo técnico confirmando que é Diguinho quem aparece nas imagens. Mas esse mesmo laudo atesta que o tiro fatal teria sido disparado de baixo para cima. Segundo o pai da vítima, o laudo teve grande peso na decisão dos juízes.

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Procurado, o advogado de Diguinho, Davi Gebara, não quis comentar a decisão "em respeito à família da vítima". O TJ-SP não informou o que foi alegado pelos juízes que tomaram a decisão.

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