PUBLICIDADE

Adolescente cria projeto de doação de figurinhas da Copa do Mundo

Allan Cohen, de 15 anos, arrecadou 13 mil cromos avulsos e 200 álbuns e beneficiou o Lar das Crianças e o Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar

PUBLICIDADE

Foto do author Gonçalo Junior

A mania de colecionar álbum de figurinhas dos jogadores que vão disputar do Copa do Mundo no Catar, no mês que vem, também pode ser uma oportunidade para demonstrar solidariedade e a empatia. Quem prova isso é o estudante Allan Cohen, de 15 anos, que criou um projeto de arrecadação e doação de cromos que viralizou nas redes sociais.

PUBLICIDADE

O adolescente afirma que já arrecadou 13 mil figurinhas avulsas e 200 álbuns, quantidade que permitiu beneficiar o Lar das Crianças, na zona sul da cidade, e o Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar (Ciam), na zona oeste. Os alunos da escola General de Gaulle, no Capão Redondo, também zona sul, serão os próximos a receber a doação.

A ação começou como um projeto extracurricular do Ensino Médio da escola Beit Yaacov, localizada na Barra Funda, zona oeste da cidade. O aluno do 1º ano criou a página @figurinhaparatodos no Instagram e sugeriu o engajamento dos parentes no grupo de WhatsApp da família a partir de um vídeo feito por ele mesmo. Em pouco mais de um mês, a ação ganhou apoios importantes, como dos jogadores Tchê Tchê, ex-São Paulo e hoje atua no Botafogo e do goleiro Carlos Miguel, reserva de Cássio no Corinthians, que gravaram vídeos apoiando a doação.

O adolescente Allan Cohen criou um projeto para arrecadação e doação de figurinhas Foto: Andrea Cohen

O sucesso pegou o adolescente de surpresa. “Não sabia que teria um impacto tão grande. Não sei como a ação chegou a tanta gente. Muitas pessoas mandaram mensagem e diziam que queriam ajudar”, conta o adolescente. Na hora de distribuir, Allan monta kits com álbuns e 670 cromos (o número total que seria necessário para completar a coleção, sem considerar as repetições). Para comprar e completar o álbum com as 670 figurinhas, são necessários R$ 548 (no mínimo).

O projeto obviamente já envolve a família inteira. A foto do Allan nesta página foi feita pela mãe, Andrea; o endereço oficial para receber as doações (via Correios ou pessoalmente) é o escritório do pai, Marcelo, que trabalha como design de interiores, no Paraíso. Por lá, todos os funcionários sabem da iniciativa e recebem as doações. Na escola, ele colocou urnas que recebem doações de figurinhas.

Allan teve várias fontes de inspiração. A primeira foi sua própria realidade. Depois de comparar 20 pacotes de figurinhas junto com os irmãos Filipe e Bruno, gêmeos de 12 anos, ele pensou em doar o álbum para um funcionário de sua residência no Itaim, zona sul da cidade. Ouviu que ele não poderia colecionar, pois tinha de comprar leite para a filha. Essa foi a primeira fagulha. Allan também ficou sensibilizado com o relato do menino João Gabriel que pintou seu próprio álbum com lápis de cor em Goiânia e também viralizou nas redes sociais.

Allan também aprendeu a ser solidário em outros locais. Há dois anos, ele é voluntário do Friendship Circle, ONG que estimula jovens a desenvolver ações sociais, especialmente com visitas a crianças deficientes. Depois de passar por um processo de capacitação, os jovens participam de festas, encontros de famílias e eventos. Passam de “amigos voluntários” a “amigos de coração”.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.