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Adversários do Brasil: como joga a Sérvia, primeiro rival do Brasil na estreia da Copa de 2022

Time do Leste Europeu já recebeu apelido relacionado à seleção brasileira e será o principal rival (e o da estreia) na fase de grupos

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

Apelidada de “Brasil da Europa” na época da antiga Iugoslávia, a Sérvia, conhecida por seu futebol técnico, quer reviver o sucesso do passado e surge como principal rival da seleção brasileira na primeira fase da Copa do Mundo do Catar. O encontro entre os países será logo na estreia, dia 24 de novembro. A série ‘Adversários do Brasil’, do Estadão, vai tratar também de Suíça e Camarões, os outros integrantes do Grupo G.

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Embora não tenha sido campeã mundial, a seleção iugoslava era vista como o Brasil do Leste Europeu em virtude de seu futebol vistoso. O país existiu até 2003. Começou a se desintegrar em 1991, dando origem à Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia & Herzegovina, Macedônia, Montenegro e Kosovo. A ideia é resgatar essa alcunha da época em que a Iugoslávia aprontava diante das principais nações do mundo no futebol.

Os resultados alcançados recentemente e os atletas que compõem o elenco mostram que é possível chegar a esse objetivo no Catar. A seleção do Leste Europeu, presente no caminho do Brasil pelo segundo Mundial consecutivo, conta com jogadores técnicos, com recursos, e fez campanha de destaque nas Eliminatórias Europeias.

A nação dos Bálcãs terminou na liderança de seu grupo no torneio classificatório para a Copa do Mundo e se garantiu de forma invicta, com seis vitórias e dois empates. Soberanos na competição, os sérvios fizeram Portugal, de Cristiano Ronaldo, jogar a repescagem para poder ir ao Mundial.

O comandante é Dragan Stojkovic. Por toda importância que tem a seleção brasileira para o futebol mundial, ele disse estar contente de poder enfrentar o país pentacampeão de Neymar. “Quando se fala sobre futebol se pensa na seleção brasileira”, sublinhou o treinador após o sorteio que definiu os grupos do Mundial.

Dragan Stojkovic se disse contente em enfrentar o Brasil na Copa do Mundo Foto: Marko Djurica / Reuters

O antigo maestro da Iugoslávia tem o Brasil como referência para tornar sua equipe uma formação capaz de jogar um futebol vistoso e encantar. “Eu gosto de jogar contra times como o Brasil porque amo o futebol técnico. Queremos jogar um futebol bonito e oferecer divertimento às pessoas.”

A Fifa considera a seleção sérvia como sucessora da Iugoslávia e da Sérvia e Montenegro. Por isso, carrega todo o histórico em Copas. Os sérvios vão estar na terceira Copa depois de 2006, ano da extinção oficial da Iugoslávia. Só não participaram do Mundial do Brasil, em 2014.

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Na última edição, na Rússia, em 2018, a nação caiu na primeira fase após ser derrotada pela seleção brasileira por 2 a 0. Como Iugoslávia, enfrentou a seleção brasileira quatro vezes em Copas, (1930, 1950, 1954 e 1974), com uma vitória do Brasil, uma dos sérvios e dois empates.

Atualmente, a Sérvia ocupa a 25.ª posição no ranking da Fifa. São 13 participações em Copas do Mundo e a melhor posição alcançada na história foi o quarto lugar, nas edições do Uruguai, em 1930, e Chile, em 1962, ambos sob a bandeira iugoslava. O “Brasil da Europa” tem como melhores resultados no futebol o ouro olímpico, nos Jogos de Roma, em 1960, e dois vices da Eurocopa, em 1960 e 1968.

APOSTA DE GOLS

A aposta dos sérvios é no faro de gol do artilheiro Dusan Vlahovic, grandalhão de 1,90m da Juventus, que pagou 80 milhões de euros para tirá-lo da Fiorentina no início deste ano. Chamado de “Ibrahimovic sérvio”, o jovem centroavante de 22 anos reúne atributos que justificam o apelido.

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É forte, alto, confiante, técnico e goleador, refletindo uma geração que alia técnica a vigor físico, como era no passado. Desde criança, ele sonhava em ser o “Ibrahimovic de Belgrado”, segundo contou à Gazzetta Dello Sport Valeri Bojinov, um antigo companheiro de Vlahovic no Partizan, clube sérvio que revelou o jogador, autor de 16 gols e duas assistências em 36 partidas pela Juventus. Na seleção, são oito bolas na rede e quatro passes em 16 partidas.

O meia Dusan Tadic, craque do Ajax, da Holanda, e Aleksandar Mitrovic, parceiro de ataque de Vlahovic, são os outros nomes de destaque da seleção sérvia, que estreia contra o Brasil no dia 24 de novembro, no Estádio Lusail, palco também da final da competição, marcada para 18 de dezembro. Suíça e Camarões são os outros integrantes do Grupo G.

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