O advogado contratado por Cristiano Ronaldo em Las Vegas para defendê-lo da acusação de estupro declarou nesta quarta-feira que as evidências citadas pela imprensa sobre o caso foram "completamente fabricadas". De acordo com Peter Christiansen, o encontro entre o craque e a norte-americana Kathryn Mayorga, responsável pela denúncia, foi consensual.
Na semana retrasada, a revista alemã Der Spiegel publicou uma entrevista com Mayorga em que ela acusava Ronaldo de a ter estuprado em 2009, em Las Vegas. O português se defendeu e disse estar com a consciência tranquila, e a Juventus mostrou apoio a seu jogador. Por outro lado, patrocinadores do craque se mostraram preocupados e ameaçaram se distanciar.
De acordo com comunicado divulgado por Christiansen, os documentos mencionados pela imprensa sobre o suposto estupro foram "alterados" antes de serem "publicados irresponsavelmente". O advogado garantiu que as evidências foram roubadas de um escritório de advocacia por hackers e, então, colocadas à venda.
"Ronaldo está acostumado a ser alvo da atenção da imprensa, que acompanha o fato de ser famoso. Mas é absolutamente deplorável que qualquer veículo da mídia suporte ou prolongue uma campanha de difamação deliberada e elaborada com base em roubo e documentos digitais facilmente manipulados", afirmou.
De acordo com Mayorga, Ronaldo a obrigou a ter relações com ela em um quarto de hotel em Las Vegas, há nove anos. A norte-americana ainda afirmou que o astro a ofereceu US$ 375 mil (cerca de R$ 1,4 milhão pela cotação atual) para que ela não tornasse o caso público.
No comunicado divulgado nesta quarta, Christiansen admitiu a realização de um acordo entre Ronaldo e Mayorga em 2010, mas sem citar valores. Os advogados da norte-americana garantem que ela só aceitou o pagamento do português por temer por sua família.
"Dada a quebra do acordo pela outra parte e as acusações inflamadas que foram realizadas nos dias seguintes, o Sr. Ronaldo sente-se obrigado a não mais ficar calado", afirmou Christiansen.
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