André Plihal: ‘Para o torcedor do São Paulo, a Copa do Brasil é Mundial’; leia análise

Apresentador da ‘ESPN’ relata sentimento da torcida para o jogo de domingo, diante do Flamengo, no ‘grande momento dos últimos dezoito anos’ para o clube do Morumbi

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Por André Plihal
Atualização:

Vivemos uma era em que tudo é “o melhor de todos os tempos”, “o mais esperado”, “o mais importante”… Pois bem, a final deste domingo é para o são-paulino o grande momento dos últimos dezoito anos. Proporção idêntica às finais da Libertadores e Mundial de 2005. Supera a decisão da Libertadores de 2006, contra o Internacional, justamente pela conquista na temporada anterior. Supera qualquer jogo das campanhas do tricampeonato brasileiro porque nenhuma delas teve uma partida final. E supera as finais de Copa Sul-Americana, de 2012 e 2022, porque a competição não é um torneio de primeira grandeza.

Ainda nem entrei nas razões principais. Entrarei agora. Este jogo vale o indiscutível fim da fila. Não é o meu caso, mas há quem não considere o título paulista de 2021, mesmo tendo sido conquistado sobre o Palmeiras, na época campeão da América. A Copa do Brasil já é naturalmente difícil, dependendo dos cruzamentos pode ser tão ou mais dura que uma Libertadores. Se o troféu ficar no Morumbi, virá acompanhada de uma história única tratando-se do São Paulo Futebol Clube. Estamos falando do único brasileiro tricampeão mundial.

Calleri é um dos jogadores que o título da Copa do Brasil serve para colocá-lo na prateleira dos ídolos do São Paulo Foto: Pedro Kirilos / Estadão

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Além da questão do título inédito, jamais uma campanha vitoriosa do tricolor paulista enfileirou os dois maiores rivais, Palmeiras e Corinthians, deixando para a grande final o clube mais popular e rico do País, o Flamengo. Essa caminhada é incomparável em termos históricos e de exigência.

Não para por aí. A torcida, tão presente nos estádios quanto machucada pela perda de duas finais em 2022, precisa e merece gritar “é campeão”. Não para por aí. Alguns jogadores estão a uma taça de tornarem-se ídolos legitimados. Rafinha, Arboleda, Lucas, Luciano e, principalmente, Jonathan Calleri. O são-paulino, que venera o seu “9″ argentino, não vê a hora de chamá-lo de ídolo. Mas falta um caneco. O próprio Calleri já disse isso.

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Dependendo do roteiro da finalíssima deste domingo, de quem brilhar, decidir, a lista pode aumentar. Dorival Júnior também entraria na galeria de treinadores especiais. O Morumbi vai estar lindo. Lotadaço, sol brilhando, calor acima dos 30 graus… Camisas lindas, super tradicionais, grandes jogadores nos dois lados. Cenário perfeito para um domingo há tantos anos aguardado. Para o torcedor do São Paulo, a Copa do Brasil é Mundial.

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