O lendário filipino Manny Pacquiao, ex-campeão mundial em oito categorias do boxe, negou nesta sexta-feira ter trapaceado durante uma luta em 2000, após o juiz do combate admitir ter colaborado para sua vitória.
“Eu não trapaceei. Provavelmente (o árbitro) me favoreceu por lutar em casa”, disse Pacquiao em entrevista coletiva. Referindo-se à luta na qual o árbitro era Carlos Padilha, também filipino, e o adversário o australiano Nedal Hussein.
Em entrevista ao site do Conselho Mundial de Boxe (CMB), Padilla admitiu que favoreceu intencionalmente Pacquiao naquela luta dando-lhe mais segundos para se recuperar de uma queda no quarto assalto. “Fiz isso porque muitos filipinos estavam vendo a luta.”
Pacquiao se recuperou da queda e venceu Hussein no décimo round para defender com êxito pela segunda vez o título internacional do CMB entre os pesos supergalos. “Eu sou um boxeador, apenas faço meu trabalho dentro do ringue. Trapaça é problema dele, não meu”, acrescentou o ex-boxeador, de 43 anos.
Antes desta luta com Hussein, Pacuiao já havia conquistado o cinturão dos galos. Após a polêmica luta, Pacman lutou mais duas vezes antes de ser campeão dos supergalos. Ele ainda conseguiu cinturões mundiais entre os penas, superpenas, leves, superleves, meio-médios e médios-ligeiros. Foram 12 títulos no total. Em 26 anos de carreira profissional (1995 a 2021), Pacquiao somou 62 vitórias (39 nocautes), oito derrotas e dois empates.
A partir de 2010, Pacquiao passou a conciliar o ringue com a carreira política após ser eleito deputado federal. Em 2016, foi eleito senador e fez campanha para presidente, quando obteve 3,6 milhões de votos, mas foi derrotado pelo atual presidente, Fernando Marcos Jr.
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