Tida por muitos como uma das principais responsáveis pela eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo feminina de 2023, a treinadora sueca Pia Sundhage deixou o hotel em que a seleção brasileira estava hospedada na Austrália, uma das sedes do Mundial, na madrugada desta quinta-feira, dia 3. A técnica de 63 anos não conversou com a imprensa e saiu do local em silêncio.
Acompanhada por sua comissão técnica, Pia foi a primeira integrante da delegação a deixar a Austrália. As demais jogadoras devem ir embora do país entre sexta-feira e domingo em um voo fretado pela CBF. A lógica ainda está sendo acertada pela confederação. Pia retornará para a Suécia, onde deve descansar após o vexame histórico sofrido pela seleção. É a primeira vez desde 1995 que o Brasil fica fora de uma fase de grupos de uma Copa do Mundo.
O futuro da sueca no comando da equipe brasileira é incerto. Em entrevista coletiva após o empate contra a Jamaica, a treinadora foi sucinta e apontou para o óbvio: seu contrato termina em agosto do ano que vem após a Olimpíada de Paris, para a qual o Brasil já está classificado.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, no entanto, ainda não confirmou a permanência da treinadora e pretende “esfriar a cabeça” antes de tomar qualquer decisão. Em nota divulgada para a imprensa, o cartola afirmou que, apesar do resultado decepcionante, o investimento no futebol feminino não irá diminuir.
“Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF na minha gestão de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. Pelo contrário, vamos intensificar este investimento. Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar”, disse Rodrigues.
No comando da seleção brasileira, Pia Sundhage conquistou 34 vitórias, 13 empates e 10 derrotas em 57 jogos. Foram 139 gols marcados e 42 sofridos.
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