Atlético-MG diz ter identificado 21 torcedores envolvidos em confusão em final

Polícia Civil investiga caso, e STJD determina que clube jogue de portões fechados na Arena MRV

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Por Estadão Conteúdo

A direção do Atlético-MG informou nesta quinta-feira, 14, que identificou 21 torcedores envolvidos no episódio de violência durante a segunda partida da final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, no domingo passado, na Arena MRV. O clube disse que outros nove infratores “se encontram em processo avançado de identificação”.

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O Atlético não revelou detalhes sobre os torcedores identificados, sem apontar nomes ou quais seriam as acusações relacionadas a cada um deles. No domingo, alguns torcedores causaram diversos danos à Arena MRV, entre diversos atos de vandalismo. Outros invadiram o gramado durante o jogo e também houve lançamento de bombas e objetos no campo. Uma das bombas feriu o fotógrafo Nuremberg José Maria.

“Todas essas pessoas deverão responder pelos crimes cometidos, na forma da lei. Além disso, o Atlético iniciou os procedimentos para que todos os identificados sejam punidos administrativamente, em cumprimento ao Regulamento de Uso da Arena MRV e do Programa de Relacionamento Galo Na Veia”, informou o clube, sem apontar quais punições serão aplicadas aos torcedores identificados.

Bombas foram jogadas no gramado da Arena MRV em diferentes momentos do jogo. Foto: Douglas Magno/AFP

A direção do Atlético explicou que a identificação é feita com base nas mais de 350 câmeras da Arena MRV. O clube informou ainda que mais de 700 seguranças privados atuaram no estádio durante o decisivo jogo, que terminou em 1 a 0 para o Flamengo - o time carioca se sagrou pentacampeão da Copa do Brasil.

Os distúrbios causados por parte da torcida já trouxeram consequências para o clube de Belo Horizonte. Na terça-feira, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Luís Otávio Verissimo, interditou a Arena MRV e definiu que o time mineiro jogue suas próximas partidas como mandante com os portões fechados.

Na denúncia apresentada no STJD, a Procuradoria citou “a incapacidade do Atlético em manter a ordem e a segurança na praça desportiva”, classificando como “lastimáveis” e “gravíssimos” os arremessos de bombas e outros objetos em campo, além da invasão por parte de torcedores no gramado. O clube também será multado, em valores que podem chegar a R$ 100 mil.

Uma das bombas arremessadas em campo atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria, de 67 anos, que precisou ser internado. Ele fraturou três dedos, além de ter rompido tendões e sofrido um corte o pé. A Polícia Civil de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o crime. Outros dois artefatos foram atirados próximos dos jogadores Gonzalo Plata, autor do gol da vitória por 1 a 0, e do goleiro Rossi.

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