A Federação Paulista de Futebol (FPF) divulgou nesta terça-feira o áudio da análise do VAR no pênalti polêmico a favor do Palmeiras diante do Santos na final do Campeonato Paulista. O time alviverde venceu a equipe da Baixada Santista por 2 a 0, e o gol que abriu o placar foi originado pela penalidade.
Aos 26 minutos do primeiro tempo, Endrick caiu na área após encontrão com João Paulo. No momento do lance, o árbitro Raphael Claus mandou seguir, mas o VAR recomendou revisão. Claus foi ao monitor e marcou pênalti para o Palmeiras. “O goleiro não toca na bola e atinge o jogador que tinha possibilidade de buscar essa bola. Para mim, é penal”, disse o árbitro responsável pelo VAR, Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral.
O árbitro do VAR comunicou a Claus que o lance estava em checagem. Depois de ouvir o apito, pede para o árbitro em campo “segurar”, ou seja, não autorizar o reinício do jogo. Quando Claus foi ao monitor, Guarizo reforçou a opinião: “O goleiro tenta proteger a bola, mas calça ele (Endrick). O goleiro não consegue jogar a bola”, afirmou ele. Em seguida, Claus toma a decisão: “Pênalti sem cartão”.
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O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, reclamou que o árbitro teria autorizado o reinício da partida e que, portanto, o pênalti não poderia ter sido marcado. “É estranho, pois quando o VAR chama, o próprio Claus dá sinal de seguir o jogo. O João Paulo quase bateu o tiro de meta”, comentou Teixeira em entrevista pós-jogo.
O técnico Fábio Carille também questionou a intervenção do árbitro de vídeo. “Tem as informações de que, no primeiro gol, a bola estava rolando. Aí o senhor VAR nunca trabalha. Estranho isso, deixa dúvidas ainda”, disse o treinador.
O Santos fez 1 a 0 no Palmeiras no primeiro jogo da final e poderia perder por até um gol de diferença na partida da volta, o que levaria a decisão para as penalidades máximas. No confronto no Allianz Parque, Raphael Veiga abriu o placar e Aníbal Moreno ampliou, e a vitória e o tri do Campeonato Paulista ficaram com o time alviverde.
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