Caso de suspeita de corrupção no Barcelona é ‘extremamente sério’, diz presidente da Uefa

Clube é suspeito de desembolsar milhões de euros para pagar dirigente do Comitê Técnico de Árbitros da Espanha

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Por Estadão Conteúdo

O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, afirmou nesta segunda-feira que a suspeita de corrupção no Barcelona é um caso “extremamente sério”. O dirigente esloveno disse se tratar de um dos casos mais graves que já viu no mundo do futebol. O clube catalão desembolsou milhões de euros para pagar um dos principais dirigentes do Comitê Técnico de Árbitros da Espanha.

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“Obviamente, não posso comentar diretamente o caso por duas razões. A primeira é que temos na Uefa um Comitê Disciplinar independente. E, segundo, porque não me aprofundei em detalhes sobre este caso. No entanto, posso dizer que, pelo que me informei, a situação é extremamente séria”, disse o dirigente esloveno a um jornal do seu país, o Ekipa.

O caso a que se refere Ceferin veio a público no início deste ano quando o Ministério Público espanhol apontou que o Barcelona, entre 2001 e 2018, pagou 7,3 milhões de euros para a empresa Danisl 95, do ex-árbitro e vice-presidente do Comitê Técnico de Árbitros, da própria Real Federação Espanhola de Futebol, José Maria Enríquez Negreira, de 77 anos. O clube admitiu o pagamento, mas negou qualquer irregularidade. Alegou estar pagando por serviços de consultoria.

Aleksander Ceferin, presidente da Uefa, mostrou preocupação com relação aos casos de corrupção no Barcelona. Foto: AP

“O caso é tão sério, na minha opinião, que é um dos mais sérios que já vi no futebol desde que estou envolvido com o esporte. No nível do futebol espanhol, claro, o caso já prescreveu e não pode ter consequências esportivas. Mas há procedimentos no nível civil. O mesmo se aplica à Uefa, já que em nossa entidade nada prescreve”, declarou.

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As declarações do presidente da Uefa reforçam a ideia de que o clube espanhol ainda poderá sofrer sanções esportivas por conta do caso. O Barça poderia perder sua licença tanto por parte da Uefa quanto da Fifa. Isso só ocorreria, claro, após o trânsito em julgado do processo, que incluiria a possibilidade de recurso do clube à Corte Arbitral do Esporte (CAS).