Bares no entorno do Allianz decidem abrir antes de jogo do São Paulo: ‘Ninguém vai bagunçar’

Equipe tricolor joga na casa do rival Palmeiras pelas quartas de final do Campeonato Paulista, diante do Água Santa

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

Ao menos quatro dos vários bares e restaurantes localizados nos arredores do Allianz Parque decidiram abrir suas portas nesta segunda-feira, 13, dia em que o São Paulo manda pela primeira vez um jogo no estádio do Palmeiras desde que ele foi reinaugurado, em 2014.

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Há mais de 20 comércios com alguma alusão ao Palmeiras nas ruas que cercam o estádio, sobretudo a Palestra Itália, que dá entrada para cinco setores da arena. São paredes pintadas de verde e branco, o símbolo do clube estampado, pôsteres e cartazes de formações históricas palmeirenses e fotos de títulos importantes.

“Tem que ver se o são-paulino vai querer consumir em bar de palmeirense”, conta Roberto Bacchi, o “Caveira, dono da lanchonete homônima na Rua Caraíbas. Se fosse outro rival a usar o estádio palmeirense, sua decisão seria diferente. “Se fosse o Corinthians, não abriria. É instinto”, explica.

Torcedores são-paulinos são atendidos na Lanchonete São Marcos. Foto: Alex Silva/ Estadão

Torcedores palmeirenses “a paisana”, isto é, sem o uniforme do Palmeiras, notaram que um funcionário de uma lanchonete em frente à hamburgueria de Caveira trabalhava com a camisa do São Paulo. Segundo o grupo, o colaborador fez algumas provocações. O dono do espaço, que é palmeirense, não estava no local, mas foi avisado e fechou seu comércio.

A maioria dos estabelecimentos não abriu. Uns porque optaram, outros porque foram forçados a fechar, casos da lanchonete Alve Verde teve e da Losteria Palestra. Os dois estabelecimentos ficam um em frente ao outro, na esquina da Palestra Itália com a Caraíbas. Em frente aos dois, o Palmeiras ordenou que fosse instalado de manhã um tapume de aço para evitar depredações.

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A proteção metálica também foi colocada na calçada da loja da Mancha Alvi Verde, localizada exatamente em frente à entrada principal do Allianz Parque, na Rua Palestra Itália e próximo à fachada da sede social do clube alviverde.

Rua Palestra Itália tem lojas protegidas por tapumes. Foto: Ricardo Magatti/ Estadão

O tapume estava impedindo que Jefferson Flávio, 38 anos, abrisse sua lanchonete, a “Teça e Oreia Lanches”. Mas ele conversou com um diretor do Palmeiras e pediu que retirasse a proteção. “A gente precisa pagar contas”, justifica ele, que é palmeirense.

“Não tenho receio de briga. Do mesmo jeito que o Palmeiras respeitou lá (no Morumbi), eles vão respeitar aqui. Todos se respeitam”, afirma. O comerciante calcula faturar entre R$ 4 e R$ 5 mil em dias de jogo do Palmeiras.

No Bar São Marcos, o uniforme dos funcionários é uma camisa do Palmeiras. “Está tranquilo. Ninguém vai bagunçar aqui não”, confia o gerente Jairo Costa dos Santos enquanto carrega uma bandeja com uma dezena de coxinhas. No entanto, com um semblante receoso, ele planeja fechar o local assim que o jogo do São Paulo começar.

O Bar São Barcos é o que mais arregimentou são-paulinos a poucas horas antes de o time enfrentar o Água Santa pelo Paulistão. Havia um grupo considerável também no Skina 1914, outro que decidiu manter seu espaço funcionando.

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A forte chuva intermitente que cai na zona oeste da capital paulista adiou a aglomeração de são-paulinos no entorno da arena palmeirense. A três horas para o duelo começar, havia mais ambulantes na rua do que torcedores.

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