PUBLICIDADE

Belletti: missão de substituir Cafu

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Belletti tem a missão de substituir Cafu, um símbolo da seleção brasileira, que se prepara para ir à quarta Copa do Mundo. O lateral de 28 anos, do Barcelona, jogará no lugar do capitão do time, suspenso da partida contra o Paraguai, domingo, em Porto Alegre, com a incumbência ajudar bastante o ataque, mas também de cuidar da marcação. Belletti tem história curiosa no futebol. Surgiu no Atlético-MG e, na segunda metade dos anos 90, transferiu-se para o São Paulo. No clube do Morumbi, tinha relação de paixão e ódio com o torcedor. Alguns o respeitavam demais por sua força de vontade, pela determinação mostrada em cada jogo. Outros o vaiavam insistentemente e pediam sua saída, por considerá-lo limitado tecnicamente. Longe de ser craque, Belletti pode se achar um vencedor no futebol. Participou do time campeão do mundo na Coréia e no Japão em 2002 e, em seguida, transferiu-se para a Europa - o São Paulo lucrou cerca de US$ 3 milhões com o negócio. Fez sucesso no modesto Villarreal e chamou a atenção do Barcelona, que o contratou na temporada passada. Em um ano de Barcelona, Belletti já comemora seu primeiro título, o de campeão espanhol. E festeja o feliz casamento com um dos maiores clubes do mundo, como declarou em entrevista à Agência Estado. Agência Estado - Você foi contestado algumas vezes quando jogava no São Paulo, mas atualmente defende o Barcelona e a seleção brasileira. E, mesmo assim, não é badalado. Isso não o incomoda? Belletti - No São Paulo, eu só fui contestado por parte da torcida. E não fico incomodado por não ser badalado. Jogador de defesa quase nunca tem repercussão na imprensa, na torcida. Mas o time depende muito da defesa para ganhar e a gente tem consciência disso. AE - Como analisa sua primeira temporada num clube grande da Europa, o Barcelona? Belletti - Foi bom ganhar um título (espanhol) logo na primeira temporada. Pena que não demos sorte na Liga dos Campeões. Jogamos bem contra o Chelsea (nas quartas-de-final, em Londres), mas acabamos perdendo. Na volta, foi incrível. Os torcedores do Barcelona foram até o aeroporto para nos aplaudir. Jamais esperava que aquilo acontecesse. AE - Como é a relação entre você a torcida do Barcelona? Belletti - É ótima. No Villarreal, eu atacava bastante. Cheguei ao Barcelona com essa fama de lateral ofensivo. Os torcedores vão ao delírio quando eu arranco de trás e vou até a linha de fundo. Acho que tenho 100% de aprovação. AE - Como é substituir o Cafu, que quase nunca fica fora do time? Belletti - Tenho a expectativa de ir a mais um Mundial. Se o Parreira me convocou, é porque ele confia em mim. Já estou há cinco anos na seleção. O Cafu consegue manter um bom nível de futebol. Marca, ataca, não é fácil. Mas estou bem. AE - E a condição física nesse fim de temporada européia? Belletti - Não estou tão bem fisicamente quanto no início, mas não terei nenhum problema.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.