Bets irregulares: veja casas de apostas que patrocinam times e ficaram fora de lista do governo

Cinco marcas apoiadoras de dez times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro não estão autorizadas a operar no País; Esportes da Sorte afirma tratar-se de erro e aguarda retorno ainda nesta quarta, enquanto outras não se manifestam

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Foto do author Rodrigo Sampaio
Atualização:

Cinco casas de aposta que patrocinam dez times das Séries A e B do Campeonato Brasileiro de futebol masculino não estão na lista de bets autorizadas a operar no País a partir de 11 de outubro, divulgada pelo governo federal nesta terça-feira, 1º de outubro. A relação envolve 192 marcas de 89 empresas diferentes.

O caso mais emblemático é o da Esportes da Sorte, patrocinadora máster do Corinthians e parceira de outros três times da primeira divisão. A casa de aposta também estampa o espaço mais nobre das camisas de Bahia e Athletico Paranaense, e aparece na região do omoplata do Grêmio. A marca também é a principal apoiadora do time feminino do Palmeiras e, na Série B, do Ceará.

Esportes da Sorte é a patrocinadora do Corinthians desde julho.  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

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Ao Estadão, a Esportes da Sorte alegou tratar-se de um erro do Ministério da Fazenda e afirma ter cumprido todas as exigências da portaria 1.475/2024, referente à regularização das bets. A marca informou ainda que buscou a Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) para retificação e espera um retorno ainda nesta quarta-feira, 2.

Quem também não aparece na lista é a Vai de Bet, antiga patrocinadora do Corinthians. A marca tinha um acordo de patrocínio no valor de R$ 360 milhões com o clube paulista, mas rescindiu unilateralmente depois do repasse de parte da comissão do intermediário a uma suposta empresa laranja. A casa de aposta, que afirma ter cumprido as exigências, é investigada pela Polícia Civil de Pernambuco em operação que apura um esquema de lavagem de dinheiro oriundo de jogos ilegais.

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Outro time da Série A afetado é o Juventude, cuja patrocinadora máster, a Stake, também não aparece na relação divulgada pelo governo. O Estadão entrou em contato com as partes para posicionamento, mas ainda não obteve resposta.

Na segunda divisão, as casas de aposta não autorizadas a operar no Brasil a partir da data limite são Betvip, patrocinadora do Sport; Dafabet, do Guarani; e Reals, de Amazonas e Coritiba. A Reals informa que já entrou em contato com o governo federal e aguarda a resposta formal do SIGAP (Sistema de Gestão de Apostas). A empresa reitera que, desde o primeiro prazo para solicitação da licença, cumpriu integralmente todos os requisitos estabelecidos.

“Mantemos comunicação constante com o Ministério da Fazenda e aguardamos atualizações, tendo participado ativamente de todas as reuniões agendadas e atendido a todas as solicitações. Reforçamos que todos os critérios foram cumpridos desde a divulgação da primeira lista de empresas autorizadas, sendo a Reals a 13ª a apresentar a documentação exigida. A empresa está em plena conformidade com as normas estabelecidas pelo governo federal e integra a lista oficial das casas de apostas registradas no SIGAP.”

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