Botafogo impõe derrota humilhante ao Palmeiras, cala Allianz Parque e retoma liderança

Final antecipada do Brasileirão termina com triunfo por 3 a 1 do time carioca, que domina o confronto com inteligência e recupera confiança; Abel Ferreira é chamado de burro por parte da torcida

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

O Palmeiras pôde comemorar a liderança do Brasileirão apenas por uma rodada. Na final antecipada do campeonato, o time alviverde jogou um péssimo futebol e deu razão a John Textor, que havia dito que o Botafogo gosta de jogar no Allianz Parque. À vontade no campo do rival, a equipe carioca se mostrou calma e inteligente para dominar o oponente, ganhar com autoridade, por 3 a 1, e se aproximar do título. Gregore, Savarino e Adryelson marcaram e impuseram vexatória derrota aos paulistas, que fizeram seu gol solitário com Richard Ríos.

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A contundente vitória devolveu a liderança ao Botafogo, agora com 73 pontos, três a mais que o Palmeiras, que terá de ganhar seus dois compromissos finais e voltar a torcer por tropeços do rival para ter chances de conquistar o tricampeonato brasileiro.

Além disso, o time de Abel Ferreira, chamado de burro por torcedores no segundo tempo, tem de esfriar a cabeça e buscar alternativas para jogar um futebol melhor. Diante de seus torcedores, foi previsível, afobado, impaciente, inepto e sentiu a pressão de um jogo grande, o que não aconteceu com o seu oponente, que jogou na arena palmeirense como se estivesse no Rio.

De novo confiante, o Botafogo tem chances razoáveis de comemorar dois títulos neste mês. No sábado, em Buenos Aires, disputa a final da Libertadores contra o Atlético Mineiro.

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Dominado pelo Botafogo, Palmeiras caiu em casa e viu rival voltar a ser líder do Brasileirão Foto: Alex Silva/Estadão

Para o Palmeiras, o cenário que se desenhou no primeiro tempo foi desastroso. Até criou mais do que nas duas últimas partidas, mas voltou a ser ineficiente e caiu na armadilha do Botafogo, que se defendeu razoavelmente bem e marcou na primeira vez que foi ao ataque.

Foi do volante Gregore, concluindo jogada ensaiada originada em escanteio mal apontado (a bola foi desviada pelo próprio botafoguense), o gol que deixou tranquilos os visitantes e enervou os donos da casa, nos pés dos quais a bola queimava. Tensos, Rony e Felipe Anderson foram os piores em campo. Erraram quase tudo o que tentaram e receberam algumas tímidas vaias da torcida, claramente insatisfeita com o péssimo espetáculo para o qual pagou R$ 180 pelo ingresso mais barato.

Raphael Veiga, encaixotado entre os zagueiro, nada produziu na etapa inicial. Estêvão, sozinho, fez o que pôde. Driblou, incomodou e deu assistências para ao menos um gol o Palmeiras fazer. Só que Marcos Rocha parou em John, com uma bonita defesa em cabeceio cruzado.

Palmeiras foi derrotado em casa para o Botafogo com futebol apático Foto: Alex Silva/Estadão

Deficiente tecnicamente e nervoso, Felipe Anderson foi sacado no intervalo. Abel lançou mão do centroavante Flaco López e insistiu em Rony, aberto pela direita. Na ponta, o debilitado atacante também não produziu nada. Erros domínios e passes fáceis e seguiu irritando os mais de 30 mil palmeirenses.

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Plácido, o Botafogo tocou a bola como se em casa jogasse. Deixou o tempo passar e se valeu da tensão do rival, que não tem mais a cabeça fria de antes, para controlar a partida. Tanto que Marcos Rocha se irritou em disputa com Igor Jesus e resvalou seus dedos no rosto do botafoguense.

O árbitro Wilton Pereira Sampaio foi ao VAR e trocou o amarelo pelo vermelho para o lateral-direito. A expulsão, aparentemente exagerada, enterrou qualquer possibilidade de virada do Palmeiras. Entregue, os anfitriões levaram o segundo gol no minuto seguinte ao vermelho em jogada concluída justamente no lado onde havia espaço de sobra por causa da ausência de Marcos Rocha.

Savarino, completamente livre, tocou na saída de Weverton e transformou o Allianz Parque em um velório. Calados, mais de 30 mil palmeirenses se revoltaram com o que viram. Depois, parte da torcida gritou “burro” para Abel Ferreira. O canto foi abafado pela maioria, mas ficou o recado: o técnico português não é mais intocável.

Ainda houve tempo para mais: Adryelson fez o terceiro e fez o triunfo do Botafogo ser humilhante para o Palmeiras, que não mostrou, em nenhum momento, força para reagir, ainda que Richard Ríos tenha marcado o gol solitário nos acréscimos.

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PALMEIRAS 1 X 3 BOTAFOGO

  • PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Vitor Reis e Caio Paulista; Aníbal Moreno (Maurício), Richard Ríos e Raphael Veiga (Mayke); Estêvão (Gabriel Menino), Felipe Anderson (Flaco López) e Rony (Dudu). Técnico: Abel Ferreira.
  • BOTAFOGO: John; Vitinho, Barboza, Bastos (Adryelson) e Alex Telles (Marçal); Gregore, Marlon Freitas e Thiago Almada (Eduardo); Luiz Henrique (Matheus Martins), Savarino e Igor Jesus (Júnior Santos). Técnico: Artur Jorge.
  • GOLS: Gregore, aos 18 minutos do primeiro tempo. Savarino, aos 27, Adryelson, aos 43, ,e Richard Ríos, aos 47 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Wilton Pereira Sampaio (Fifa/RJ).
  • CARTÕES AMARELOS: Alex Telles, Barboza, John, Mayke, Gómez.
  • CARTÃO VERMELHO: Marcos Rocha.
  • PÚBLICO: 31.753 torcedores.
  • RENDA: R$ 3.284.958,13.
  • LOCAL: Allianz Parque.
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