Análise | Botafogo arrasa Peñarol, faz 5 a 0 e fica perto de final inédita na Libertadores; veja os gols

Equipe supera primeiro tempo truncado, com catimba dos uruguaios e arbitragem ruim e goleia uruguaios no Rio

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Atualização:

Com um segundo tempo impecável, o Botafogo derrotou o Peñarol por 5 a 0, nesta quarta-feira, 23, no estádio Nilton Santos, no duelo de ida das semifinais da Copa Libertadores. O resultado permite que o time carioca possa perder por até quatro gols que ainda assim vai se garantir na decisão do maior torneio continental pela primeira vez na história.

O futebol brasileiro fica mais uma vez muito perto de ter uma final de Libertadores, pois o Atlético-MG, em Minas, na terça-feira, marcou 3 a 0 no River Plate e joga com boa vantagem, na Argentina, a partida de volta. Em toda história do torneio continental, nunca uma equipe reverteu uma desvantagem de mais de dois gols em semifinais

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Como se esperava, o jogo começou tenso. Logo aos dois minutos, vários jogadores dos dois times se envolveram em uma confusão que começou após Alex Telles se estranhar Darias.

O Botafogo teve a iniciativa sempre, mas não tinha criatividade para furar a retranca uruguaia. O time brasileiro também teve de conviver com o excesso de catimba do adversário, que gastava tempo a cada parada do cronômetro. Os botafoguenses também reclamaram da postura do árbitro, que pouco tentou coibir a ‘cera’ uruguaia.

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Botafogo engrenou no segundo tempo com um baile coletivo para cima do Peñarol. Foto: Vitor Silva/Botafogo

Enquanto o Botafogo arriscou com chutes de longa distância, o Peñarol encontrou mais espaços para tocar a bola e quase abriu o placar aos 24 minutos. John fez grande defesa em arremate de Perez. Na sequência do lance, o goleiro botafoguense evitou o gol olímpico.

O Botafogo foi ter boa chance só aos 44 minutos, quando Luiz Henrique passou por três marcadores e de frente para o gol, pegou muito embaixo da bola, mandando por cima do travessão.

Dois minutos depois, em jogada semelhante, Luiz Henrique acertou forte chute, mas o goleiro Aguerre surgiu bem para espalmar para longe.

Torcida do Botafogo fez bonita festa na goleada do time carioca. Foto: Vitor Silva/Botafogo

O segundo tempo começou com o Botafogo pressionando, mas com seus jogadores de frente com grande mobilidade. Com isso, as oportunidades surgiram rapidamente. Savarino arriscou de fora da área, logo no primeiro minuto, mas Aguerre espalmou.

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Aos cinco, saiu o gol. Luiz Henrique deu lindo passe para Savarino, que invadiu a área e tocou na saída do goleiro uruguaio para abrir o placar.

Empurrado pelo Engenhão lotado, o Botafogo manteve a pressão. Marlon Freitas exigiu grande defesa de Aguerre, mas no escanteio a bola sobrou para Alexander Barboza fazer 2 a 0, aos nove minutos.

Em ritmo alucinante, o Botafogo chegou ao terceiro gol ais 13 minutos. Em jogada veloz de todo o ataque, Vitinho cruzou e Savarino bateu. Aguerre aceitou.

O catimbeiro Peñarol saiu e de cena e deu lufar a um time nervoso e até violento. O Botafogo passou a tocar a bola e abusar dos dribles para delírio dos torcedores que cantaram “olé” aos 20 minutos.

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As oportunidades a favor do Botafogo foram se sucedendo. Aguerre fez duas defesas, enquanto Almada e Igor Jesus erraram o alvo. A torcida pediu “mais um” e ele veio aos 28 minutos. Savarino arrancou pelo meio e lançou para Luiz Henrique encobrir Aguerre em um golaço.

Luiz Henrique foi escolhido pela Conmebol como o melhor jogador da partida. Foto: Vitor Silva/Botafogo

Desesperado, o Peñarol cometeu o erro de tentar atacar o Botafogo e ficar aberto nos contra-ataques. Aos 33, Savarino lançou Igor Jesus, que tocou para a batida de Almada. Aguerre defendeu parcialmente e Igo Jesus fez o quinto de cabeça.

Daí para frente foi festa no Engenhão. O Botafogo diminuiu um pouco o ritmo e saboreou o desânimo uruguaio, que vai precisa de um milagre para reverter esta situação em Montevidéu daqui a uma semana.

BOTAFOGO 5 X 0 PEÑAROL-URU

  • BOTAFOGO - John; Vitinho (Mateo Ponte), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Marçal); Gregore (Danilo Barbosa), Marlon Freitas e Almada; Luiz Henrique (Tiquinho Soares), Igor Jesus (Óscar Romero) e Savarino. Técnico: Artur Jorge.
  • PEÑAROL - Aguerre; Milans, Javier Méndez, Guzmán Rodríguez e Maxi Olivera; Rodrigo Pérez, Damián García (Gastón Ramírez), Leo Fernández e Darias (Mayada); Baez (Lucas Hernández) e Maxi Silvera (Sequeira). Técnico: Diego Aguirre.
  • GOLS - Savarino aos 5 e aos 13, Alexander Barboza aos 9, Luiz Henrique aos 28 e Igor Jesus aos 33 minutos do segundo tempo.
  • CARTÕES AMARELOS - Luiz Henrique, Igor Jesus, Rodrigo Pérez
  • ÁRBITRO - Andres Rojas (COL).
  • RENDA - R$ 4.378.907,50.
  • PÚBLICO - 42.982 presentes.
  • LOCAL - Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ).

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Análise por Wilson Baldini Jr

Wilson Baldini Jr. é jornalista esportivo desde 1987. Trabalhou na Folha de S. Paulo, Jovem Pan, Jornal da Tarde, ESPN Brasil, PSN, TV Globo, Lance! e tem mais de 25 anos de Estadão. Cobriu as Copas de 2006, 2010 e 2014, e as Olimpíadas de 2008 e 2012. Fez a cobertura de 36 lutas internacionais de boxe.

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