Brasil controla nervos, bate a Colômbia e vence a segunda sob o comando de Tite

Em Manaus, Miranda e Neymar marcam e seleção assume vice-liderança da competição

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Foto do author Almir Leite

A seleção brasileira é mesmo uma equipe renovada sob o comando de Tite. Nesta quarta-feira, sofreu, viveu momentos de tensão, ansiedade, mas soube superar as dificuldades e bateu a Colômbia por 2 a 1, na Arena da Amazônia. Foi a segunda vitória do Brasil sob nova direção e também a primeira vez que ganha duas partidas seguidas nas Eliminatórias. E obteve o objetivo de entrar no G-4.

Com 15 pontos, a seleção está na zona de classificação à Copa da Rússia. Está atrás do Uruguai (16), mas passou a Argentina no saldo de gols e terminou a rodada como vice-líder, já que o Equador perdeu para o Peru por 2 a 1, em Lima.

CBF quer garantias de segurança para levar os craques brasileiros para a Venezuela Foto: Pedro Martins/Divulgação

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Há dois aspectos principais a se considerar no primeiro tempo da seleção brasileira. De certo modo, o time conseguiu a evolução pedida por Tite. Tocou bem a bola, foi objetivo, buscou tabelas constantemente, criou algumas boas chances de gol, marcou muito bem e sob pressão, esforçou-se para, ao perder a bola, retomá-la rapidamente. 

Fez isso até com intensidade maior do que no jogo com o Equador. E dominou a etapa diante de um adversário que de fato não é bobo. A Colômbia é time bem montado, entrosado, experiente. Ontem, tentou até ser agressiva. Mas acabou neutralizada pela boa marcação brasileira.

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No entanto, a seleção também cometeu suas falhas. A mais irritante delas foram erros de passe da saída de bola, poucos é verdade, cometidos por algum preciosismo. O outro foi fazer algumas faltas desnecessárias, como a que resultaria no gol colombiano, naquela que a rigor foi a única chance real dos adversários.

A Colômbia deu um toque na bola antes do Brasil fazer 1 a 0. Foi do volante Barrios; na tentativa de desarmar Neymar, ele cedeu escanteio. O próprio Neymar cobrou, zaga não marcou e Miranda fez de cabeça, a 1min19s. Foi o primeiro gol do zagueiro pela seleção brasileira.

Um gol logo de cara, claro, facilita a vida de qualquer time. Ainda mais quando esse time está confiante, motivado, e tem o apoio da torcida. Deu até para jogar bonito em alguns momomentos, como da troca de bola entre Marcelo e Neymar, permeada por alguns toques de efeito na bola.

O bom futebol, embalado nas arquibancadas por um animado batuque, levou a torcida a cantar, a sambar, e a esperar mais gols. Mas ele não veio, de certa forma porque Ospina fez boas defesas em conclusões de Renato Augusto e Neymar.

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E porque Paulinho, ao receber na frente do goleiro lançamento de Neymar, perdeu o tempo da bola e tentou enganar o juiz, tocando a bola com o braço. Além de o gol ter sido corretamente anulado, o volante levou cartão amarelo, seu segundo em dois jogos e que o deixa de fora do jogo com a Bolívia.

Pouco depois, veio uma falta em James Rodríguez na intermediária, que poderia ter sido evitada. Não foi e na cobrança do meia, bola bem batida, Marquinhos, ao tentar desviar para escanteio acabou marcando contra.

O Brasil não sentiu tanto o gol. Manteve o controle. Descontrole veio no final da etapa, e teve Neymar como um dos protagonistas. Após um encontrão de Barrios em Gabriel Jesus, que o argentino Lousteau considerou lance normal, o atacante se irritou e entrou duro em Jeison Murillo. Acabou levando amarelo.

Foi a única confusão da etapa. Ressalte-se que, apesar de algumas faltas mais dura, a Colômbia bateu pouco na primeira etapa. O fato é que a seleção brasileira poderia ter construído boa vantagem no primeiro tempo, não o fez e ainda levou o empate. E isso teve reflexos na etapa final. 

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O Brasil voltou um time mais ansioso. Com isso, ficou um pouco desorganizado. Criou chances, mas não conseguia concluir. Neymar passou a busca mais o meio, a prender mais a bola. O time não estava mal, mas sofria. José Pekerman ainda conseguiu anular uma boa opção brasileira, ao colocar Cuadrado nas costas de Marcelo. A Colômbia também assustou.

Então, Tite mudou o time. Voltou a colocar Phillipe Coutinho no lugar de Willian. A seleção cresceu de novo, com o jogador do Liverpool fazendo boas arrancadas.

Numa delas, Coutinho percebeu Neymar entrando pela esquerda e tocou. Ele dominou e bateu cruzado, rasteiro: Brasil 2 a 1 e 48º gol de Neymar pela seleção.

Neymar comemorou bastante. Abraçou os titulares, os reservas que se aqueciam e depois deu longo abraço em Tite, que vibrava aliviado. A Colômbia, então, se lançou. Criou novas dificuldades. Mas o Brasil de Tite tem personalidade, confiança e alma. E soube administrar a vitória.

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FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 X1 COLÔMBIA

BRASIL: Alisson; Daniel Alves, Marquinhos, Miranda e Marcelo; Casemiro; Renato Augusto, Paulinho (Giuliano), Willian (Phillipe Coutinho) e Neymar; Gabriel Jesus (Tayson). Técnico: Tite.

COLÔMBIA: Ospina; Medina, Oscar Murillo; Jeison Murillo e Díaz; Carlos Sánchez, Barrios, James Rodríguez e Macnelly Torres (Cuadrado); Muriel (Marlos Moreno) e Bacca (Martínez). Técnico: José Pekerman.

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Juiz: Patricio Lousteau (ARG).

Cartões amarelos: Medina, Paulinho, Neymar, Marcelo e Giuliano.

Público: 36.609 pagantes.

Renda: R$ 5.840.500,50.

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Local: Arena da Amazônia.

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