A seleção brasileira de futebol feminino não é eliminada na fase de grupos de uma Copa do Mundo desde 1995. O Brasil, que participou de todas as nove edições do torneio, só caiu na fase inicial da disputa em duas ocasiões — 1991 e 1995, justamente nos primeiros Mundiais realizados, quando o Brasil tinha pouco investimento da CBF. Desde então, o time nacional chegou ao menos nas oitavas de final em todas as suas participações. Mas também nunca ganhou a Copa.
Na primeira edição da Copa do Mundo feminina, em 1991, o Brasil até venceu o Japão, mas perdeu para os Estados Unidos e para a Suécia e ficou em terceiro lugar do Grupo B, posição que não dava direito ao ingresso na fase de mata-mata. Na época, eram apenas 12 seleções em três grupos de quatro disputando a competição. Uma curiosidade é que, na equipe europeia, Pia Sundhage, atual treinadora da seleção brasileira, era titular no meio de campo.
Em 1995, o Brasil teve sua vingança contra a Suécia em uma vitória pelo placar mínimo. Uma derrota para o Japão e uma goleada sofrida diante da Alemanha, no entanto, sacramentaram o quarto lugar no Grupo A e a consequente eliminação da equipe no torneio.
Apesar da saída precoce, a experiência no Mundial serviu como base para uma incrível geração brasileira que se formava. Na edição de 1999, Formiga, Pretinha, Michael Jackson e Sissi lideraram o Brasil para um surpreendente terceiro lugar, conquistado após vitória contra a Noruega, campeã mundial em 1995.
Em 2003 e em 2011, o Brasil chegou as quartas de final, mas acabou caindo nessa etapa. Em 2007, foi quando o time chegou mais perto do título, amargando derrota na final contra a Alemanha e conquistando o vice-campeonato. Desde 2015, a seleção brasileira não passa das oitavas de final. No Mundial do Canadá, o time de Marta foi eliminado pela Austrália e, na Copa da França, em 2019, a equipe de Pia Sundhage perdeu para as próprias anfitriãs.
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