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Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de operação da PF que investiga manipulação em jogo

Investigação apura irregularidade no chamado ‘mercado de cartões’ em partida do Brasileirão de 2023; clube afirma acompanhar o caso, e a assessoria do atleta informou que não vai comentar o caso por enquanto

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Foto do author Leonardo Catto
Atualização:

Bruno Henrique, do Flamengo, é alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga manipulação em um jogo do Brasileirão 2023. Agentes cumpriram mandados de buscas e apreensão em endereços relacionados ao jogador em cinco cidades, incluindo no Ninho do Urubu, CT do clube rubro-negro, e a residência do atacante, no Rio. A assessoria de imprensa do atleta informou que não vai comentar o caso por enquanto. Já a equipe diz que acompanha a investigação e que não irá afastar o camisa 27.

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A operação Spot-fixing apura possível manipulação do chamado “mercado de cartões”. O jogo investigado é uma partida ocorrida em novembro de 2023, pelo Brasileirão. O nome é relacionado à prática de atividade ilegal em uma partida, mas que não se relaciona com o resultado. Até o momento, não há nenhum mandado de prisão.

No mês em questão, Bruno Henrique recebeu cartões em dois jogos. Em 1º de novembro, ele levou amarelo aos 50 minutos do segundo tempo por falta em Soteldo, na época no Santos. Em seguida, reclamou com o árbitro Rafael Rodrigo Klein, levou o segundo amarelo, seguido de um vermelho. A partida acabou 2 a 1 para os santistas.

Bruno Henrique é suspeito de ter recebido cartão para esquema de apostas em partida contra o Santos em novembro de 2023. Foto: Wilton Junior/Estadão

Ao todo, foram 12 mandados no Rio, Belo Horizonte, Vespiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). A investigação começou a partir de comunicação feita pela Unidade de Integridade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). De acordo com relatórios da International Betting Integrity Association (IBIA) e Sportradar, que fazem análise de risco, haveria suspeitas de manipulação do mercado de cartões na partida do Campeonato Brasileiro.

Cerca de 50 agentes da PF e mais seis integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (Gaeco/DF) participaram ada operação na manhã desta terça-feira, 5. Segundo a PF, dados obtidos junto às casas de apostas, por intermédio dos representantes legais indicados pela Secretaria de Prêmios de Apostas do Ministério da Fazenda (SPA/MF), apontaram que as apostas teriam sido efetuadas por parentes do jogador e por outro grupo ainda sob apuração.

Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público fizeram diligências da operação no Ninho do Urubu; Foto: Reprodução/TV Globo

Durante a partida, verificou-se que o atleta foi efetivamente punido com cartão. São alvos da operação o jogador e os apostadores. Em tese, eles podem responder por crime contra a incerteza do resultado esportivo, que encontra a conduta tipificada na Lei Geral do Esporte, com pena de dois a seis anos de reclusão.

A PF atua no caso, mediante autorização expressa do Ministro da Justiça e Segurança Pública. Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça do Distrito Federal.

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Em nota, o Flamengo disse que não teve acesso aos autos do inquérito, uma vez que o caso corre em segredo de justiça, mas que apoiará as autoridades e dará total suporte. “(Bruno Henrique) desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência”, diz um trecho.

O clube informou que o jogador uma situação semelhante já foi investigada pelo STJD, mas o caso foi arquivado. “Não tem como afirmar que se trata do mesmo caso e aguardará o desenrolar da investigação”, informa o clube. Por enquanto, o atacante continua com as atividades no Flamengo.

O Flamengo tem treino marcado para a manhã desta terça-feira. Bruno Henrique vai participar da atividade e viajará, à tarde, para Belo Horizonte, onde o time enfrenta o Cruzeiro, na quarta. No domingo, há o segundo jogo da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG, também na capital mineira, após a equipe ter vencido a primeira partida por 3 a 1.