Um dos primeiros reforços adquiridos pela Crefisa em parceria com o Palmeiras, como presente de Natal ao lado de Borja em 2016, o venezuelano Guerra anunciou sua aposentadoria dos gramados aos 36 anos, nesta terça-feira. Depois de sofrer com as constantes lesões nas últimas temporadas e sem clubes interessados em seu futebol, o meia preferiu encerrar a carreira.
Guerra chegou ao Palmeiras logo após ser eleito o craque da Copa Libertadores de 2016, na qual foi campeão com o Atlético Nacional ao lado do centroavante colombiano, atualmente no Grêmio. A Crefisa investiu R$ 10 milhões no jogador na época e acreditava lucrar no futuro. Não conseguiu e o clube paulista ainda terá de pagar esse valor à parceira, com juros.
O meia jogou por duas temporadas apenas no clube, apesar do contrato até dezembro de 2020. Começou como titular em 2017 e ergueu o troféu do Brasileirão de 2018, já não atuando tanto, sobretudo pelas lesões. Sem espaço, acabou emprestado ao Bahia em 2019 e voltou no ano seguinte apenas para cumprir o vínculo com o Palmeiras até o fim. Passou praticamente 2020 inteiro trabalhando separado do grupo principal.
Saiu sem jamais repetir o sucesso do Atlético Nacional, tendo disputado 62 partidas com a camisa palmeirense e anotado somente 8 gols. Foi para o Delfines del Este, da República Dominicana, em março deste ano. Na nova casa foram somente duas partidas oficiais antes de se despedir, quatro meses depois.
Aguardou propostas que não vieram e resolveu dar adeus nesta terça-feira. "Obrigado futebol, para sempre", escreveu em suas redes sociais o venezuelano, em sequência de três posts em espanhol.
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