A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu nesta quarta-feira (20) que Robinho, condenado por estupro na Itália, deverá cumprir a pena pelo crime no Brasil. Ao todo, 11 ministros votaram: oito acompanharam o relator, Francisco Falcão, e foram a favor de o jogador cumprir a sentença de nove anos em regime fechado no País, e dois foram contra. A Corte também pediu a prisão imediata de Robinho, e a Justiça Federal de Santos, onde o atleta vive, deve acatar a decisão. O jogador alega ser inocente.
Com a repercussão do julgamento do STJ, o Caso Robinho foi destacado em meios de comunicação internacionais. Na Itália, onde o crime ocorreu, o jornal esportivo Gazzetta dello Sport enfatizou a decisão do tribunal brasileiro como um “golpe” para o jogador, e citou que ainda cabe recurso da determinação.
O também italiano Corriere dello Sport destacou uma “reviravolta” na situação de Robinho: “Ele cumprirá pena por estupro no Brasil”, disse a publicação.
Já o britânico BBC ressaltou que o atleta atuava pelo Milan quando o crime ocorreu e detalhou as transferências de Robinho por clubes na carreira, tanto no Brasil quanto na China e na Europa. O atleta já vestiu as camisas de Santos, Real Madrid, Manchester City, Milan, Guangzhou Evergrande e Atlético-MG.
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O The Sun, da Inglaterra, aponta que Robinho “vai finalmente cumprir os nove anos de prisão” à qual foi condenado. Além disso, a publicação destacou que, até a decisão do STJ, o atleta só poderia ser preso se saísse do Brasil.
ENTENDA O CASO ROBINHO
Robinho foi condenado na Itália pelo estupro de uma mulher albanesa em 2013. A decisão em terceira e última instância da justiça italiana, que determinou que o jogador cumpra nove anos de prisão, ocorreu em janeiro de 2022, quando o atacante já estava no Brasil. O Ministério de Justiça da Itália solicitou a extradição de Robinho no final de 2022, mas o pedido foi negado porque o governo do País não extradita cidadãos brasileiros.
Com isso, a justiça italiana requereu uma homologação de sentença, ou seja, pediu que a decisão ocorrida na Itália pudesse ter efeitos no Brasil. Vale ressaltar que o STJ não realizou novo julgamento sobre o caso ocorrido em 2013 ou discutiu a decisão tomada pelos italianos. À RecordTV, Robinho alegou ter provas de sua inocência e acusou a justiça italiana de racismo.
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